Três blogs que eu leio

Um dos melhores escritores que eu leio nessas minhas andanças pelos blogs é o Paulo Bono. Ele é o cara que escreve no “Espalitando”, o link que está aí, na coluna da direita. O Paulo tem um olho para aqueles tipos que a gente costuma evitar, quando se olha no espelho. Ele também é muito bom para falar com aqueles sujeitos de quem a gente procura se afastar quando anda pelas ruas da cidade. Eu também acho ele muito bom, isso é muito pessoal, para trazer de volta aquelas lembranças meio esmaecidas e tristes dos tempos em que eu não contemplava o fracasso. O Paulo costuma atualizar o blog quinzenalmente. E é sensacional também ler os comentários que a turma que ele conquistou costuma deixar. A julgar pelo que dizem as dezenas de fãs mulheres, a vida sexual do Bono deve ser alguma coisa que mataria o Henry Miller de inveja.

Outro cara super divertido, também baiano, é o Rodrigo Carreiro, do blog Terra de Ninguém, também linkado à direita. Rodrigo é um mestre em diálogos longos e desconcertantes. Ele me lembra um conto do Norman Mayler em que o escritor fica anotando as frases do diálogo que está tendo com alguém. No conto, o escritor acaba ficando sozinho, feliz por ter conseguido capturar a vivacidade daquela conversa interessante. Mas no blog do Rodrigo, a gente sente que não está sozinho, você quase pode ver ele contar a história pra gente.

Um blog diário que leio é o Frankamente, o blog de crônicas da Lúcia Carvalho. Sou fã de carteirinha dela, que é capaz de arrancar risadas da minha boca em dias nublados e também em noites de cataratas e enchentes. A Franka é ótima para fazer um sorriso brotar no canto da minha boca. Ela é especialista em chamar a atenção para os fatos do cotidiano que não nos chamam a atenção, mas deveriam. E também é especialista em maluquices e neuras do dia-a-dia. A turma de comentaristas habitués também é excelente, o que completa a diversão e o entretenimento proporcionado.

Uma das coisas mais engraçadas da Franka é sua idolatria ao Mário Prata. Ela gosta tanto do Prata que colocou uma foto dele no blog. O grande cronista também é fã da Lúcia e fez algumas crônicas a partir do que ela escreveu. Mas não botou foto da Lúcia. Ela coloca tarja nas fotos do rosto dela e isso é super engraçado. Da primeira vez que vi essas tarjas, fiquei achando que parecia coisa de pivete, tipo “olha aí, olha aí, é o meu guri”. Mas é claro que não é nada disso. São as fotos mais inocentes do mundo. Só que estão com tarja. O que só aumenta a curiosidade para saber como é a Franka e como são as pessoas que convivem com ela.

Recentemente, ela trocou umas figurinhas do blog. Por conta disso bateu recordes de comentários recebidos. Ela também vive aparecendo nos jornais e rádios de São Paulo. Para mim, ela é uma espécie de Musa dos Blogs. Mesmo com a tarja. A Franka também é cronista da Revista da Folha e recebe mais visitas por dia no blog dela que o zoológico dessa cidade, em dia de domingo. E todo o mês, um carro-forte da Google estaciona na frente da mansão dela, para descarregar a dinheirama dos clics e direitos autorais que ela recebe. Ela torra tudo em farras homéricas com amigas, amigos e princesas estrangeiras, em Paraty. Ah, e quando ela está a fim de passear como celebridade, ela vai para a Ilha de Caras e tira umas fotos do próprio pé. E depois publica, sem tarja. É. Ela é um pouco diferente. Mas, na Internet, o melhorzinho nada na areia, cumpadi!

E tem muito mais blog legal por aí.