Dois belos cães que a minha irmã criava no quintal de casa tiveram que ser sacrificados há coisa de dois meses. Ficamos chocados. Mas não teve jeito. Os dois estavam com leishmaniose.
Trata-se de uma doença infecciosa, que também pode provocar lesões cutâneas, inclusive em humanos. Para os cães, não existe cura, pois existe uma chance muito grande de reincidência. Os veterinários sempre recomendam o sacrifício. Para os seres humanos, a leishmaniose representa um risco significativo, pois essa enfermidade é transmitida por mosquitos que carregam protozoários parasitas das células fagocitárias nos mamíferos. Ou seja, esses protozoários atacam as células que fazem a defesa das outras células.
Desse modo, foi preciso sacrificar os bichos e também dedetizar muito bem a casa, para evitar a possibilidade de novos mosquitos voltarem a picar mamíferos da residência. Minha irmã avisou os vizinhos, acionou a Zoonoses, cumpriu o seu papel de cidadã. Outros animais da casa e os humanos também fizeram exames para verificar a possibilidade de novas vítimas. Aliás, a Zoonoses mandou gente para coletar amostras de sangue de todos os animais da rua dela e de ruas próximas. Mas os resultados não saem.
Para aumentar a insegurança, após conversar com outras pessoas, ficamos sabendo que a Zoonoses possui uma fila com cerca de mil e quinhentos cães para serem abatidos. Tentei, mas não consegui confirmar essa informação. Essa bicharada toda estaria com a doença.
Por isso, eu agora vou para o espelho, dou dois tapinhas nas bochechas e digo:
_Jo no soy um perro no!
2 comentários:
nem vc nem o waldick.
puta absurdo essa situação dos bichos.
ganhamos 2 tartaruguinhas daquelas proibidas. em uma semana uma morreu. falei prá minha filha ligar prô ibama para levarmos a que sobrou.
eles não só não tinham logística prá ficar com ela como seríamos autuados. ela explicou que havíamos ganhado. não queriam nem saber.
sábia, como é, desligou no ato o telefone.
Anna, não é regra, tem gente boa, mas algumas pessoas nas repartições não poderiam passar perto de felinos sem serem enterrados.
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