Estava bem escuro quando acordei, na manhã de hoje. Tomei banho rapidamente e me vesti para acordar as crianças. Primeiro acendi a luz dos quartos, para que eles se cansassem da claridade e acordassem sozinhos. Depois, para o menino, um abraço para ele se dependurar e esticar a coluna. Para a menina, um beijo que ela fingiu não perceber e continuou a dormir para que a mãe também a mimasse um pouco. Em seguida, escovas de dentes e o uniforme. Os dois iniciam o ano com os calçados novos, mochilas estrambóticas de alças telescópicas gigantescas.
De volta do passeio cronometrado com o cachorro, encontro os dois à mesa. Minha mulher se aproxima com as torradas para o café da mañhã. Está uma delícia. Fazia tempo que as crianças não comiam tão rapidamente e sem reclamações. Iremos juntos conhecer os novos professores, ver as novas salas de aula. Estamos todos bem dispostos e com grandes expectativas.
_Como se chama a sua turma, filha?
_Ainda não tem nome, paiê. É só no dia de escolher - ela disse.
_Depois vamos pensar em alguma coisa para o dia de escolher.
No trajeto, nada de novo, o número de carros é bem maior do que no final do ano passado. Mas a intensidade do trânsito não é uma surpresa. Chegamos dentro do tempo planejado, sem correrias e sobressaltos. As pessoas da escola foram atenciosas e gentis. Os outros pais de alunos também se mostraram simpáticos e cordiais.
As salas de aula são arejadas e bem iluminadas. Na turma da minha filha, poucos alunos novos e os melhores amigos e colegas do ano passado continuam por lá. Na turma do meu filho a classe terá de ser dividida, devido ao grande número de alunos, sem maiores problemas.
E todo o resto do dia transcorreu com a mesma tranquilidade, sem alvoroço.
Eu ansiava por um dia assim, total e completamente banal.
Um comentário:
fim de férias, ó não. trânsito, acordar cedo, careca sou o oposto, gosto não.
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