quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Coleções e mentes

Escrevi outro dia que faço coleção de alicates. A Lúcia Carvalho, do Frankamente, fez um comentário em que disse que coleciona coletinhos. No Museu do Ipiranga, em São Paulo, a partir da coleção do arquiteto e professor de história da arte Egydio Colombo Filho, 206 Papéis de Bala estarão sendo expostos até o dia 20 de março. Taí uma exposição curiosa.

Outro dia descobri, na casa da minha mãe, que um dos meus sobrinhos coleciona chicletes debaixo da mesa do almoço.

Mexendo num velho armário, descobri uma velha coleção de folhetos de videntes. Eram da época em que eu trabalhei numa sala dentro de um shopping popular. Todos os dias, durante anos, eu recebi um folhetinho daqueles. Mãe Ivana. Mãe Coragem. Mãe Darci. Mãe Isaura. Mãe Laura. E também tinham as donas. D. Iraci. D. Iolanda. D. Joaquina. D. Vera. E de vez em quando aparecia um Pai. Nâo lembro de ver, Tia, Tio, Nhô e nem Vô. Acho que esses graus de parentesco não são muito bons para as previsões de saúde, amor e dinheiro.

Infelizmente tive de jogar fora porque estavam muito mofados. Também joguei fora uma coleção de tirinhas do Calvin e Haroldo, que recortei durante anos dos jornais que meu pai assinava.

Às vezes, as coleções viram lixo. É natural.

Outras vezes, desistimos de coleções que receberam considerável investimento, mas nunca pensamos em jogar fora. São as coleções em ponto morto. Um dia, eu me engano, ainda vou retomar essas coleções com o maior capricho. É o caso da minha coleção de quadrinhos especiais em cores da Ebal. Falta poucos exemplares, mas já não tenho paciência e nem tempo para pesquisar os sebos e sites de leilões. Além disso, tudo está sendo relançado em edições especiais, com papel e qualidade excelentes. É sempre possível conseguir as edições especiais de relançamento americanas. O mesmo vale para discos e qualquer memorabilia que vier à cabeça.

Sim, existem alguns objetos com grande valor sentimental.

Tenho uma moeda de dez réis de cobre, com uma pátina preta, de 1868. Está gasta, mal conservada, e não vale muita coisa, só uma lembrança. Talvez por isso, seja a moeda de que mais gosto na minha pequena coleção de moedas.

E aqui, no blog, tenho agora esta coleção de textos.

2 comentários:

franka disse...

concordo, tenho um monte de coleções dormindo. meu filho joão tem uma bárbara dormindo, de casquinhas de ferida. além da de coletinho, tenho de decalcomania, pedra coração e de propostas. mas essa eu vou ter que contar num post.

Careca disse...

Franka, aguardo o post sobre a coleção de propostas. Eu tinha uma gaveta de pedidos de demissão. Todos os dias eu chegava no trabalho e datilografava(era máquina) um pedido novo. Preciso encontrar.

Frase do dia