quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Você por aqui?



Mas ainda não mandaram você ir embora?
_Ué, confesso que estou surpreso de encontrar você! Primeiro imaginei que você tinha sido atropelado. É que ontem vieram umas pessoas. Perguntaram onde você sentava. Falaram que iam examinar o cubículo. Ficaram um tempão examinando os papéis e as gavetas. Pareciam saber o que estavam fazendo. Eles também entraram no computador. Ficaram horas clicando em arquivos e dando risadinhas. Esvaziaram a sua parte do armário. Depois pensei que você estava sendo demiti... ou melhor, transferido. É comum ter transferências por aqui, sabe? Embora não haja nenhuma filial dessa empresa em lugar algum. Aliás, nunca recebemos notícia nenhuma das pessoas transferidas. Elas simplesmente somem. Pop. Por isso fiquei surpreso em ver você. De verdade. Você não foi atropelado?! É uma coisa boa, isso. E já sabe para onde vai ser transferido?

Vai tombando, chapéu de palha!
_Careca! Estou feliz por encontrar você aqui. Eu não acreditei em nada que andavam dizendo de você, por aí. O C3PO é testemunha. Ele não me deixa mentir. Só um pouco. Eu disse para ele, “o Careca, não”! Foi ou não foi, C3? Viu? Então!!

É sempre bom fazer um pé de meia!
Sim, é sempre bom fazer um bom pé-de-meia. Meia é sempre uma coisa boa. Até cerzida. Ainda mais agora, que a Crise está chutando as portas.

Does anybody here remember Dina Sfat?
Lembro de uma vez que vi um telefilme com a Dina Sfat. Ela fazia o papel de mulher gigante. Era uma mulher enorme, muito, muito alta. Não lembro direito o nome do personagem nem da história. Minha memória é distraída. Mas a Dina andava numa rua, acho que era em São Paulo, e dava para ver até os ombros dela sobressaindo da multidão de cabeças. Não sei como fizeram aquilo, talvez tenham colocado uma plataforma para que somente ela andasse e parecesse mais alta que todo mundo, no meio da calçada. Acordei hoje pensando naquele personagem da Dina Sfat, naquela cena de telefilme. Uma mulher gigante andando em meio a um mar de gente caminhando apressado. Um monstro que fica contra a maré de ida e também contra a maré de volta. É até um pouco triste, essa esfinge, no meio da multidão. É impressionante. Chega até ser bonita. Mas ninguém dá conta de encarar. E todo mundo que passa, anda de cabeça baixa. Sem coragem de olhar para a bela esfinge gigante. É uma esfinge que pode nos devorar e gerar mais monstros.

O que você está fazendo com esse extrator de clips na mão?
Observo estrelas.

O que fazer com perguntas aparentemente sem nexo?
Responda corretamente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Careca, as coisas do blog estão ficando filosóficas e complexas demais para minha mente estreita e inteligência miúda. Traduzindo: o que você anda tomando? Parece bom e divertido, pode me recomendar? rsrsrs Bom fim de semana, na torcida pelo Felipe Massa. Eu vou torcer pelo Hamilton... porque sou viúva do Senna e o desgraçado do inglesinho me lembra muito o Ayrton. É, sou doente, fazer o quê? Abração!

Careca disse...

Janaína, acho que é só pouco sono. Ainda não falei mal do horário de verão, nesse ano. Eu demoro meses para me adaptar, e quando fico normal, a coisa muda de novo.

Frase do dia