Eu e a Patroa tiramos o dia para curtir a meninada. E hoje de tarde, apesar de estar ventando um bocado, as crianças resolveram que seria divertido nadar. Então fomos para a casa dos avós e caímos na piscina. O primogênito estreou um calção branco, ficou bem bonitão. E a princesa arrasou Paris em chamas dentro de um maiô vermelho. Ela estava tão linda que eu lamentei não ter levado a câmara.
Fizemos um festival de pulos engraçados na piscina. Os dois com bóias de braço. E eu sem bóia. Devo ter pulado umas duzentas vezes. Mas a minha filha ganhou de mim. Ela pulava a cada segundo.
No meio de um desses pulos, resolvemos batizar os tombos n’água. Eu inventei o Pedalada de Robinho, um pulo que lembra o mortal carpado de uma gloriosa ginasta, só que sem nada fatal acoplado. Trata-se de um pulo que não deve ser repetido em piscinas rasas, pois consiste em cair de traseiro na água, simulando pedaladas. É difícil. Também inventei o meio mortal com água no ouvido, que eu intitulei de Casamento de Sandy. Consiste em simular uma topada numa pedra e cair de lado, com o ouvido atingindo a água antes de qualquer outra parte do corpo.
As crianças preferiram o Pedalada de Robinho. Mas só até eu inventar o Pedalada do Casamento de Sandy, uns cinco minutos depois. Esse pulo consiste em simular uma topada com o dedão do pé esquerdo numa pedra, em ficar pulando com um pé só na beirada da piscina e, de repente, desabar de lado, com o ouvido dentro dágua. Esqueci de dizer que também é necessário simular pedaladas com um só pé, ante de cair na piscina.
É difícil. É complexo. E as crianças adoraram. Quem disse que criança só gosta de coisa simples?
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