quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um pouco mais sobre a minha tribo




O tanto de Chefe que eu tenho
Existem poucas pessoas no mundo que têm tantos Chefes quanto eu. Eu não sei porque, mas onde eu trabalho geralmente tem um monte de caciques e pouquíssimos índios. E geralmente me escolhem para Índio. Quando eu viro Cacique, daí a pouco eu sou cortado para coibir excesso de despesas e garantir uma alta taxa de lucros para acionistas. Ou qualquer coisa parecida. Desculpa é sempre pretexto fútil. Mas o sentido é de contenção de despesas. Sou um tipo talhado para ser encaixado em contenção de despesas.

Max Berimbau avalia os caciques
_Um Cacique que é visto como despesa só é cacique no nome.
_Vá se ferrar, Max!

Uma constante na vida do Índio
Todas as vezes que eu fui Cacique, a cavalaria já estava chegando. Não consigo pegar nenhum escalpo. A indiarada se esbalda de escalpelar e eu acabo na mão.

The dark side of the moon
Por outro lado, ser Índio é legal, mas não muito. Não é que Índio tenha que dizer Ugh pro Cacique. É que Índio não apita. Você fica ali, Tupi. Come uma raiz, engole uma rã. Mas é sempre Tupi. Jamais chegará a Aritana. Além disso, tem os programas de Índio, papos de Índio, coisas de Índio. E Índio é um saco plástico. Hoje, a onda é sacola ecológica.

A minha árvore tribalista
Tem índio pé-preto, tem índio pé-branco e tem índio pé-rapado. A minha tribo é um mix dessas três.

Meu cocar tem três pontas
O meu cocar tem três pontas, tem três pontas o meu cocar, se não tivesse três pontas, não seria o meu coelhinho, da Páscoa, que trouxe pra mim...

Nós, quem, cara-pálida?
A verdade, que deve ser dita, é que ninguém sabe direito o que esse bando de Índios irá fazer. Depois de todas as grandes crises, ó meus irmãos, vieram as guerras, as diatribes e as sangreiras desatadas. E só depois de muito se maltratar, é que os seres humanos se cansaram e pararam com as escaramuças e estapeações. A História nos ensina que se o pior pode acontecer, ele acontecerá.

Prelúdio para um latejar
Todas as vezes que eu seguro um martelo e um prego eu tenho que me concentrar. Eu fico pensando no meu dedo. Eu penso em não acertar o meu dedo. Eu penso em acertar o prego. Em geral, com um mínimo de concentração, eu não acerto o meu dedo. Eu acerto o prego. E prego. Pá! E quando eu erro, dói muito mais em mim.
Os Caciques batem pregos com nossas cabeças.

2 comentários:

poupadordeporra disse...

É, careca... acabar na mão dá pelo na mesma. Isso é o que eu chamo de, literalmente, descabelar o careca.

Careca disse...

Velho Tom, você que é um semeador de brisas, me diga: como se chama o criador de porcos que encontra pérolas? É possível encontrar um porco entre as ostras?

Frase do dia