domingo, 12 de outubro de 2008

O glorioso Dia das Crianças

Massa ainda tem chances.
Quatro a zero na Venezuela.
Não choveu.
As crianças brincaram até cansar e dormiram cedo.
Foi um domingo super-legal.

O Guia do Careca para o bom mascador de chicletes

Tomei algumas decisões importantes. Agora só vou comprar chiclete de fita. Ainda preciso decidir o sabor mais adequado. Estou entre morango e uva. Hortelã já está descartado. Outro dia experimentei um muitcho bom, com um sabor meio picante, com o sugestivo nome de kriptonita. Até comentei com alguém. Mas acho que vou manter preferência pelos velhos e bons sabores tradicionais, por enquanto. O de morango é muito bom.

Definitivamente, uma das coisas mais importantes ao se mascar o chiclete de fita é não ceder à tentação de fazer uma bola. Ninguém precisa disso. Você não precisa mostrar para ninguém que é um expert em fazer bola de chiclete. E ninguém está a fim de ver uma bola de chiclete sair da boca de uma pessoa que deveria levar a vida mais a sério. Mesmo assim, se a vontade for irresistível, corra até o banheiro e sopre o chiclete até cansar. Mas não deixe ninguém ver você fazendo isso.

Existem maneiras boas e modos ruins de se mascar um chiclete. A melhor maneira é com a boca aberta, fazendo barulho. Entretanto, essa é uma maneira de mascar chiclete repudiada socialmente. Em geral, as pessoas não querem ver ninguém mascar chiclete. Aliás, as pessoas são tão egocêntricas que não querem ver ninguém, ponto. Eu mesmo sou assim. Especialmente quando estou mascando chiclete.

Mas isso varia, é muito particular. Em outra tendência, existe um grupo crescente de pessoas que gostam de se reunir para mascar chiclete em grupo. Elas trocam informações sobre diferentes chicletes. Importam chicletes. Compram caríssimos umidificadores de chicletes. Geladeiras especiais de chicletes. E também uma parafernália gigantesca para retirar chicletes das embalagens. Existem caixas lindas de madeira, em marchetaria feita com a mão-de-obra semi-escrava de virgens suecas contrabandeadas para Madagascar, que os experts em chicletes costumam acondicionar os melhores e mais caros exemplares de chicletes.

Uma mascada social pode ser perfeitamente realizada nos aposentos especialmente criados para isso. Embora eu mesmo não goste de entrar numa sala cheia de chicleteiros e chicletistas. Existem pessoas que só mascam chicletes nesses ambientes apropriados, embora eu considere todos os que já entrei deficientes em circulação de ar. Sei lá, o ar fica repleto de cheiros e sabores, não dá para curtir um bom chiclete desse jeito.

Mas, embora ninguém goste de ver alguém mascar um chiclete de boca aberta, o chiclete pode ser considerado um hábito social por excelência. Basta alguém perceber que você está com um tablete de chiclete de fita, daqueles de cinco chicletes, que nasce ali um filante interessado em bater papo sobre chicletes e outros hábitos. Tem gente que trata esses filantes como viciados que merecem a sarjeta onde chafurdam. Eu penso diferente. A vida está aí para ser vivida. E que mal pode fazer um chicletinho ou outro?

2 comentários:

anna disse...

adoro chiclé. e o trident é meu predileto.

gosto de fazer bola, mas masco dscretamente.

pelo menos prá mim é o que parece.

Careca disse...

Anna, o trident azul é muito bom. Mas estou numa fase Adams, morango. É super bom.

Frase do dia