Hoje choveu. Depois fez sol. Depois choveu. E fez sol. Aí choveu. Fez sol. E tudo de novo, só enquanto eu voltei da escola. Depois, passou a tarde inteira chovendo. Agora está chovendo de novo. Fez calor, depois fez frio. Fez frio, depois fez calor. Foi uma zorra.
Na hora do almoço, o piso da sala, que já estava um pouco saliente, salientou de vez. Quatro cerâmicas se levantaram e se partiram, diante dos meus olhos. Parecia que havia um cadáver se erguendo do chão da sala do apartamento. As cerâmicas trincaram, estalaram e se quebraram. Nunca tinha visto coisa igual. Minha cunhada, que é arquiteta, me explicou que isso acontece quando há algum problema de acomodação de forças. Sem ter para onde escapar, as tensões do piso se aproveitaram de alguns rejuntes menos resistentes e levantaram os que conseguiram.
Agora estou com uma faixa sem cerâmicas na sala de casa. E vou ter que encarar uma reforma de piso sem ter tempo para mexer com nada disso. Legal demais, né! Como o que não tem jeito, não tem jeito, só me resta encarar. Amanhã já devo estar de bom humor.
8 comentários:
Careca,
Minhas portas cresceram com a chuva...
Espero que as cerâmicas não engordem também...
Problema de acomodação de forças é sensacional hahahahha
Nunca tinha ouvido isso
Ainda bem que não era cadáver acomodando as forças he he
tem coisa mais chata que ter que consertar coisas? detesto.
prá mim a imortalidade deveria ser uma qualidade de tudo que fosse inanimado.
já pensou passar a vida toda com o carro sem ter que ir ao mecânico? a geladeira sem ferrugem? o aspirador aspirando sempre? o piso, perfeito?
Mwho, acho que as cerâmicas incharam até trincar. Tive que lixar a porta também.
Rodrigo, cada categoria tem sua própria rebimboca da parafuseta (lembra dessa?). Achei a expressão bonita, parecia aula de ciência política.
Chris, por via das dúvidas, estou dormindo de luz acesa.
Anna, também gosto de coisas duráveis e de boa qualidade. É que o apê é velho e o tempo maluco apressou a crise do piso.
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