quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Pelado na contra-corrente
Nu com a mão bolso
A Crise veio. A Crise ficou. Agora ela não larga mais a gente. Os caras que sabem das coisas dizem que agora é pra valer. Ela voltou e aqui é o seu lugar. Essa Crise é de maior. E está preparada para levar a gente para um canto e... . E eu estou morrendo de medo. Ela é cruel, avassaladora.
Na contra-corrente do bom grado
O discurso da sustentabilidade é uma roupa que cai bem para esse Careca. Vou abolir sacolas de plástico. Só vou usar fibras naturais. Vou economizar energia. Combina com a minha preguiça, com a minha vontade de mais qualidade de vida. Acho que as pessoas de outras gerações já tiveram mais tempo para tudo. É, minha querida Kombi, estou me sentindo na contra-corrente. Enquanto todo mundo quer retomar e acelerar a produção e o consumo, quero mais é paz, sombra e água fresca. Acho que estamos muito frenéticos. Quero lançar a versão brasileira do “Slow Movement”, embora em alguns lugares daqui mesmo isso não seja necessário. Tem um monte de gente bem devagar por aqui. Mas acho legal ir devagar. Como apregoava Martinho da Vila. Devagar. Devagar é “clubber”. Devagar é “fashion”. Devagar é o “must”. Devagar é ecológico. Devagar é Cult. Devagar se chega ao longe. Devagar é bem chato, às vezes. Devagar é o maior atraso, véi.
O meu problema é que eu mudo de idéia rapidamente.
Santa Claus não se esquece de ninguém
Mudei de idéia rapidamente sobre a minha estratégia para o Natal. Não vou pular direto para o Carnaval conforme disse ontem. Eu nem gosto de Carnaval. Acho samba-enredo um saco. Não vejo desfile nem se alguém me pagar. Não sou de ziriguidum, muito menos de sambalelê. Não chego perto de bumbo, nem de atabaque. Zabumbas me irritam. Agogôs e pandeiros me dão dor de cabeça e vontade de correr pra longe. Sério. Carnaval é um porre. E ninguém dá presente. E eu gosto de ganhar presente. E gosto de fazer compras. Só tenho preguiça. Além disso, Santa Claus não se esquece de ninguém. Seja rico, seja pobre, o velhinho sempre vem. Estou satisfeito com o que eu tenho, de verdade. Tirando uma coisinha ou outra, as coisas que eu ambiciono estão bem acessíveis. Nenhuma custa os olhos da cara. Embora algumas não estejam à venda. Ou seja, ninguém precisa se preocupar com presente de Natal para mim. A não ser que sejam Sketchbooks Moleskines. Aceitarei de bom grado. Não se acanhe.
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2 comentários:
Careca,
A Bolsa não pára de cair e eu tinha atrelado o meu humor a ela e também não gosto do Carnaval e aprecio ganhar presentes no Natal ou em qualquer momento e também acho que sutentabilidade é legal desde que não tenha de tomar banho frio. Ufa! Essa frase foi comprida...
Mwho, o velhinho sempre vem. A cada ano que passa. Meu problema são as frases curtas.
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