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Nós brincávamos muito com as palavras. Era divertido. E muito, muito repetitivo. Uma das brincadeiras prediletas era assim:
_Eu tinha dois cachorrinhos. Um se chamava Grapete, o outro Repete. Grapete morreu, qual cachorrinho sobrou?
_Repete - dizia alguém.
E você repetia.
Outra boa era com a onça.
_Você está passeando na floresta e precisa atravessar um rio, muito, muito perigoso. Mas antes da ponte existe uma onça pintada em cima de uma pedra. O que você faz?
_Atravesso o rio pela ponte - alguém dizia, muito esperto.
_E a onça?
_Ela é só pintada na pedra, não é de verdade, seu bobo - explicava o esperto.
Certamente alguém já havia feito a brincadeira antes com o sabido.
A presidente está brincando de Grapete e Repete com os ministros lambuzados da República. Aquela conversa dela virar onça e usar vassourão contra a corrupa não engana mais ninguém.
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