domingo, 28 de fevereiro de 2010

Bom dia, cachorro




A nova rotina do semestre promete. Aos sábados, minha mulher tem que acordar cedo para dar aula na faculdade. Aos domingos, ninguém trabalha, é lógico. Mas Rafael, o cãozinho shi-tsu daqui de casa, gosta de companhia desde cedo. Então ele fica arranhando a porta do corredor. Eu levanto, é claro, e abro a porta. Vou até onde fica a comida do Rafael, troco a água e coloco mais ração para o bicho comer. Também faço uma festinha nele e jogo a bola que eu dei pra ele de Natal.

É uma bola de plástico rígido, daquelas que dizem que são boas para evitar lesão por esforço repetitivo. A bola tem uma porção de "dentes". Rafael não consegue morder direito, nem ficar com essa bola muito tempo na boca. De todas as bolas testadas, essa é a única que resta. As outras foram destruídas rapidamente. Ter um cachorro e não ter uma bola é uma incongruência, porque é muito legal jogar a bola e o cachorro trazer de volta.

Mas assim que eu lavo as mãos e volto para a cama, Rafael passa a arranhar a grade do corredor. A grade é coisa nova, minha mulher decidiu que essa grade é fundamental para disciplinar a circulação canina no apartamento. Além de arranhar a grade, Rafael inicia então uma série de cantos góticos caninos, pontuada por gemidos e rosnados baixinhos. Dessa vez, levanto definitivamente.

Venho para o computador, escrever esse post. É uma bela manhã de domingo, com o sol começando a ficar forte. O asfalto ainda está molhado da chuvinha fina que caiu de madrugada. Eu digo bom dia para o meu cachorro.

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