No post anterior, percebi, no final, que o tom do texto era de oração.
Não há nada de estranho nisso. A civilidade é sagrada.
Meu amigo Selva Brasilis, que está visitando a terra do ziriguidum, já decidiu que não volta para cá. Está convencido de que a Selva não tem jeito.
Eu sou teimoso.
E foi o Selva que me fez olhar para o letreiro do Beirute, um bar de Brasília que nasceu em 1966. No letreiro ainda aparecem os pinguins originais da cerveja dos pinguins. Tem também uma estrela de Davi com um "A" no meio.
_Careca, você sabe o significado disso?
Eu não sei. Nem arrisquei um palpite. Meu amigo Velho Tom, que também fazia muito tempo que não via, arriscou alguma coisa sobre o Ceará. O irmão do Cabeça também disse alguma coisa. E o Niltão também. Não importa.
Uma banda de frevo entrou no boteco na sequência. Três frevistas ficaram saracoteando na frente da mesa, com guarda-chuvas minúsculos. Nunca entendi o guarda-chuva dos frevistas. Deve ser para ajudar no equilíbrio. Tomei uma cerveja bem gelada. Manoel, o garçom, me reconheceu e correu para vir apertar a minha mão. E a dos meus amigos do tempo da universidade. Foi um reencontro bacana.
Ainda é carnaval. Um corrupto continua na cadeia.
Eu sou teimoso. Ainda acho que tem jeito.
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