quinta-feira, 13 de março de 2008

A vingança de Julio Iglesias



Recebi um monte de e-mails, quase 8, de pessoas condenando ou aplaudindo o texto de ontem. Tá bom, a maioria absoluta foi contra. Contra o texto, contra as piadas, contra as gracinhas, contra a Espanha, contra o Brasil, contra a PF, contra os perros e contra os meus exageros. Mas recebi dois e-mails de suporte explícito. Os dois eram do Velho Tom. Ele mandou duas vezes a mesma mensagem em código: “Careca, você rtou. Achei a história pacas. sei de quem é a zabumba, tamb é deste seu amigo.”. Que eu interpretei e traduzi livremente como uma mensagem de apoio incondicional do meu velho amigo. “Careca, você acertou. Achei a história boa pacas. sei de quem é a zabumba,
também é deste seu amigo.” Só pode ser. Valeu Velho.

Ninguém disse uma palavra contra o Real Madri. D.Quixote também foi unânime.
E Banderas? Esse foi dividido. Algumas mulheres adoraram saber que ele não é americano e tem sangue latino(Jurei mentiras e sigo...). Outras eram fãs do ator desde o primeiro filme e ficaram surpresas por eu pensar que ele era americano. Rá, rá. Eu sabia que ele era espanhol, de nascença. Mas esqueci. Depois comecei a pensar que o sotaque dele era problema de dicção.

Os homens não ligaram a mínima para o Banderas. Embora uns dois ou três tenham dito que ele, como ator, daria um bom toureiro. Achei esses comentários muito preconceituosos. Acho que ele é bom e deveria parar enquanto pode, antes que algum touro o atinja nos países de Almodóvar.

Agora, o grosso de comentários foi sobre o Júlio Iglesias. E isso nem tava no texto, tava nos comentários. Com meu impressionante castelhano “léngua-pala-fuera” fiz os mais crédulos crerem que eu quebraria minha coleção de elepês do Júlio Iglesias. Jamás, jamás. Non passarón. Como disse um famoso presidente, pura bravata. Acontece que não encontro a minha coleção de elepês. E eu tinha bem uns vinte. E se não os acho, não há como destruí-los. Rá,rá.

A nova geração que me lê, desatenta com seu Ipod, ei, presta atenção, não sabe quem é Júlio Iglesias. Pois o Iglê, como era chamado carinhosamente por muitos, foi o grande responsável pela trilha sonora de amassos e xamegos nas pistas de dança. Não que eu tenha sido um pé-de-valsa. Teve uma época, que durou muito pouco graças aos céus, que eu era chamado de bói-parede. As meninas ficavam de um lado. Eu e os outros caras do outro, encostados na parede, criando coragem para atravessar a sala e chamar para dançar. Aí tocava o Júlio Iglesias. As meninas se alvoroçavam. Os caras e eu criávamos coragem. Era aproveitar aquela lenta ou só dali a meia hora para um amasso. Nunca entendi nem uma vírgula do que ele falava. Para mim, Iglê significava música de 5 minutos para dançar agarrado e devagar. Depois descobri que isso era geral. Eu e a torcida do Flamengo não entendíamos xongas do que o Iglê cantava. Mas a gente achava o amasso bom demais.

Pois é, de vingança não tem nada. Aliás, eu só mencionei o Júlio Iglesias por causa de um amigo meu, que é mexicano, o Juan. Depois da Franka, o Juan é o maior fã do Júlio Iglesias que existe no planeta. E o Juan disse que se eu fosse mesmo para Madri ele também iria junto. Ele é da turma do deixa disso. É maluco, mas é gente boa, o Juan. Conforme recomendação médica, para não contrariar, perguntei o que ele faria para ajudar a apaziguar os ânimos.
_Colocaria um disco do Iglesias numa radiola, lá no aeroporto. Democraticamente. Para guardas e passageiros escucharem. Todo mundo ia dançar. Pelo menos as lentas.
_Juan, tu es maricon? Hay fumado? Estás loco de la cabeza!!– eu disse a ele.


E o Velho Tom escreveu de novo. Ele estava com problemas no teclado. A mensagem era “Careca, você surtou. Achei a história ruim pacas. Não sei de quem é a zabumba,
o tamborim é deste seu amigo.”

De quem será essa zabumba?

6 comentários:

macost disse...

Careca
hasta punto que vc não tem nenhum disco/CD do Iglesias (rs) eu vou confessar que tenho UM cd que ganhei há uns anos atrás de uns alunos meus (éee...esta senhora distinta que vos fala tem alunos...não falei que eu era distinta? rs). Mas foi de pura sacanagem dos rapazes...rs Foi pq eu falei em aula, sabe se lá pq, no meio das milhares de bobagens que me ocorre falar em aula que NÃO suportava o Iglesias... Dancei: ganhei um CD anônimo, com foto e tudo...rs
Viu? Viu?
Agora: de quem será essa zabumba?

Careca disse...

Maria,
Tenho mesmo um disco LP do Julio Iglesias.A última vez que o vi estava junto com aquele da Diana e Marvin, um de costas para o outro. Não sou um fã. Acho que ele deveria ter se aposentado como goleiro do Real Madri, onde jogou.
Estou perto de solucionar o mistério da zabumba. Aguarde.

Anônimo disse...

ai careca como cê descobriu???
mas tenho que te confessar um segredo: amo ele, mas nunca ouvi ou tive um disco.
é que as paixões as vezes tem hora pra chegar, e a nossa ainda não chegou. claro que vou conhecer julinho. claro que vou comprar todos discos. mas aguardo um sinal do além. será que é esse seu post?

Careca disse...

Franka, não sou do além. Nasci em outro Estado. Não compre os discos. Baixe em MP3. Não é Julinho, é Iglê. Sim, é claro que você já ouviu.

Anônimo disse...

Pô careca, como és sapiente. Lembra do Wando e sua coleção de calcinhas? Eis aí o caminho do Careca. Aprofundando sempre aquela relação íntima com o Júlio, aliás, Julinho. Abraços na zabumba que o forró tá tão bão que já gastei dois triângulos.

Careca disse...

Anônimo,
vá devagar com os triângulos.

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