sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Eu gosto de papel
The Cult - She Sells Sanctuary
Para escrever, é preciso ler antes. Sim, é uma frase muito boa e tem tudo a ver. Não é minha. É do Tibor Fischer, está na página 169 do livro de contos "Adoro Morrer". Estou relendo. Tenho alguns livros ainda não abertos na minha estante, mas às vezes prefiro reler um livro a abrir uma coisa nova. Na semana passada, por exemplo, fugi do regime de contenção de despesas alerta vermelho nível cinco e comprei uma coletânea de crônicas do Paulo Francis. Descobri que estava com preguiça de ler Paulo Francis assim que cheguei em casa e abri o livro. Fui guardar o inélito(inventei agora, significa não lido, que tal? se acharem bem pedante mando para um ministro do supremo) e acabei encontrando o Tibor Fischer.
"Adoro Morrer" ou "I like being killed" é de 2000, foi traduzido por Roberto Grey e publicado pela Rocco em 2004. São sete histórias, nessa ordem: Comemos o chef; Retrato do artista quando famoso mercador da morte; Cinquenta inutilidades; Então dizem que você está bêbado; Gelo esta noite no coração de jovens visitantes; O devorador de livros; e Adoro Morrer. O título em português é péssimo, parece sugerir que o livro é uma espécie de apologia ao suicídio e não é nada disso. O conto fala de uma mulher comediante que faz de tudo para não perder a piada.
Sempre recomeço a ler pela penúltima história, sobre um maluco que vive se deixando trancar em livrarias para ler em paz. Jamais teria coragem de fazer uma coisa parecida, diga-se de passagem. Depois eu geralmente vou para a última historinha e aí volto e começo da primeira.
Já fui um bom devorador de livros, hoje não leio tanto mas leio de tudo. Já tive preferências, já disse dessa água não beberei, já fui um colecionador. Mudei um pouco. Mas, definitivamente, eu gosto de papel.
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Um comentário:
Eu também gosto de papel.
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