Estive na livraria no último final de semana. Com a desculpa esfarrapada de que preciso colocar as minhas leituras em dia, fiquei uma boa hora percorrendo prateleiras e olhando as novidades. Na verdade, se eu me der ao trabalho de separar os livros devo ter mais de dez que ainda não li na minha estante. Alguns ainda estão embalados em plástico, protegidos. A principal diferença de algumas semanas passadas é que agora tenho tempo de sobra para ler e escrever. Mas tenho me mantido distante dos livros e da escrita.
Nas duas últimas semanas procurei colocar uma porção de coisas em ordem e não sobrou muito tempo para ler. E sem leitura, não há escrita. Ainda tenho alguns detalhes a serem resolvidos, mas só a partir de amanhã será possível iniciar a construção de uma rotina para não perder tempo.
Na última vez que fui desligado demorei um bocado para construir uma rotina organizada. Descobri que isso é muito, muito importante. Sem uma agenda definida, é muito fácil encontrar pretexto para não fazer nada ou fazer um monte de coisas sem foco e conexão. Desse jeito, os dias tendem a ficar monótonos e tristes.
Para manter o alto astral, é fundamental escutar música, desenhar e manter uma disciplina razoável, que favoreça a produtividade com regularidade. Ou seja, é preciso treinar, treinar, treinar.
Estou pensando em reservar um horário para a prática de exercícios físicos, coisa que venho adiando com regularidade olímpica há uns cinco anos. Uma parte do dia será dedicada à leitura, outra será somente para escrever. Talvez eu dedique um pedaço da noite para o desenho e o blog. Da outra vez, eu me habituei a escrever pela manhã e a ler no período da tarde. Mas terei de fazer o teste para saber se esses horários ainda funcionam bem.
Algumas novas rotinas já surgiram, espontaneamente. O único problema é que tenho ficado muito tempo em trânsito, procurando materiais diversos para a reforma em diferentes cantos da cidade. Espero que a situação melhore na próxima semana, depois da chegada e instalação do piso flutuante.
A primeira coisa a fazer, no entanto, será encarar a estante e separar livros lidos dos não-lidos. Da última vez que fiz isso, acabei ficando a tarde inteira relendo os trechos de uns livros que adoro e acabei sem muito progresso na separação. Tenho que bolar algum estratagema para evitar que isso ocorra novamente.
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Pensei em duas coisas:
1- Colar na estante um cartaz escrito NÃO LEIA, em letras garrafais.
2 - Colar uma fita adesiva na metade de baixo do meu óculos e impedir a leitura com foco.
O problema do item 1 é que tenho a tendência a ignorar cartazes fixados em estantes. O problema do item 2 é que eu leio até bula de remédio fora de foco.
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