domingo, 20 de março de 2011

The Liberators - Let it go




Mais um disco que vale a pena procurar e comprar.

Os últimos dias têm sido muito atribulados em função de coisas a resolver, o que prejudica a concentração para leitura e escrita. Mesmo assim, tenho ficado sentado algumas horas todos os dias em frente ao computador, mesmo que não consiga escrever nada de interessante para mim mesmo. As coisas a resolver são da reforma e pendências trabalhistas, que só serão definitivamente concluídas no final deste mês.

Ainda que não escreva nada, o devaneio em frente à tela em branco, mas com o som ligado, é instigante para desenhar e soltar a imaginação. Tenho escutado uma variedade de discos de jazz, nem sempre agradáveis. Às vezes não quero escutar música com voz e os discos de jazz vêm mesmo a calhar. Mas já cansei de escutar aqueles discos da turma considerada mais clássica. Tenho tido alguma sorte com a vertente jazz-funk com novidades bem interessantes. Alguns discos que tenho encontrado oferecem músicas bem alegres e empolgantes, coisas bem diferentes do estilo Round Midnight que por tanto tempo foi o único tipo de jazz que eu escutei.

O jazz-funk não é be-bop, também não é uma fuga de linhas melódicas e recuperação do tipo que Miles Davis inventou e reinventou várias vezes. Jazz-funk é o jazz sem blues e sem a chatice do cada um faz o seu solo e depois a gente encerra juntos. O jazz-funk é a canção rítmica, com todo mundo junto fazendo a melodia, com poucos floreios e recheios preciosos a todo instante, com todos os instrumentos fazendo uma festa nos ouvidos da gente.

Nada de solos intermináveis. Nada de virtuosismo onanístico. É uma música mais visceral, com cada parte fazendo a sua parte, temperando com parcimônia e equilíbrio, porque depois de uma música virá outra e outra e mais outra para que você escute o disco inteiro.

2 comentários:

Paulo Bono disse...

Também não tenho conseguido escrever nada, carecone. Nem ler os escritos dos amigos. Mas vamos levando, parceiro. levando e escutando jazz.

abraço

Careca disse...

Bono, às vezes trava, mas passa. Abç,

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