quarta-feira, 27 de junho de 2012

Femen



The Vaccines - If You Wanna


Eu não sei vocês, mas quase sempre vejo as fotos das mulheres do Femen nos protestos. Elas estão em todas. Ecologia, corrupção, tráfico e exploração das mulheres, preço do gás, consumo de carne, qualquer coisa. É bem verdade que em geral presto mais atenção em outra coisa do que na mensagem, mas mesmo assim é preciso reconhecer que as moças da Ucrânia são valentes e merecem a maior consideração e res-peito. Dizer outra coisa seria um trocadilho no mínimo er... sus-peito ou insustentável.

Li em algum momento da cobertura da Rio + 20 que já existe uma representante do Femen aqui no Brasil. Todo mundo sabe que em se tratando de mulher pelada, o país tem muito a contribuir. Além dos peitos da Femen brasileira, a reportagem mostrou que a internacionalização dos protestos com os seios de fora tende a ganhar mais força que a onda do aquecimento global. Aliás, a temperatura ambiente não é impeditivo para as mulheres do Femen, elas tiram os sutiãs e blusas em praças cobertas de neve e em tanques de guerra congelados. Meninos, eu vi.

Aqui em Brasília os protestos são bem chinfrins em matéria de nudez ou de peito de fora. Talvez por isso a imprensa local dedique cada vez menos linhas para a cobertura das passeatas, greves e paralisações que ocorrem no Distrito Federal. É bem verdade que volta e meia uma moça tira a blusa em protesto contra alguma coisa na UnB,que por sinal está em greve, mas em geral os colegas homens também resolvem tirar as roupas em solidariedade, não dá para prestar atenção.

Seja como for, acho que só uma mocinha não dará conta do tanto de protesto que é necessário neste país, agora que até os estudantes - outrora tão ativos - estão caladinhos e pelegos. Pelos meus cálculos, precisaríamos de pelo menos umas vinte em cada capital só para começar, com uns 2 protestos básicos por semana: educação, saúde, segurança, transporte público, etc.

Hum.

Pensando bem, acho que esse negócio de Femen brasileiro não vai dar certo. Logo, logo aparecerá um fiscal disso, um fiscal daquilo, dizendo que a mocinha tem de se sindicalizar, tem que seguir os padrões mínimos da peitaria. E sempre haverá algum político para regulamentar a profissão de Femen, exigindo concurso público, reclamando do edital para a contratação do protesto, querendo dez por cento ou um emprego para uma prima talentosa. Periga ainda haver cotas raciais, mas nisso estou de acordo, quanto mais cores, melhor.

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