quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Tesse e La vie en rose
Ando remexendo em muitas gavetas. E outro dia, a Patroa ainda não tinha viajado, eu encontrei um DVD de Frantic, do Roman Polanski. Acho que nunca disse aqui que adoro os filmes do Roman Polanski. Ele é um gênio que percorre todos os gêneros do cinema.
Chinatown é o filme policial clássico, com o detetive durão e sentimental.
A Dança dos Vampiros é a comédia de terror, a ironia com os vampiros.
O Bebê de Rosemary é o filme de terror absoluto, de arrepiar.
MacBeth é o clássico dos clássicos.
Tess é o romance por excelência, com Nastassja Kinsky sedutora e magnífica.
Piratas é outra brincadeira sensacional com os filmes de flibusteiros e corsários.
Frantic, ou Busca Frenética, é o suspense à la Hitchcock, com um médico pacato se metendo numa complicada intriga internacional de marginais e espiões.
Lua de Fel é o romance moderno, desesperançado, ambientado num cruzeiro marítimo. Um casal atormenta um homem com suas culpas e desejos dentro de um navio.
Os nove portais, com Johnny Deep, é outro filme de suspense e terror, que tem um início legal, com as artimanhas de Deep para comprar livros de viúvas a preço de banana. Mas depois fica meio chato.
O último pianista, que ganhou Oscar, é a incursão pelo filme de II Guerra, Nazismo, Holocausto e sobrevivência. Não chega a ser um gênero, mas existem muitos filmes com essa temática.
Por fim, Oliver Twist. Caramba, esse foi um dos livros mais tristes que li em toda a minha vida. Acho que Polansky fez um filme correto, ilustrativo. Oliver sofre pouco. E na minha cabeça, no livro Oliver sofre à beça, parece que existem muito mais situações em que a inocência e o caráter do garoto são colocadas à prova. E sua devoção ao velho Fagin, o professor de ladroagem, também não ficou muito bacana na telona.
O mais legal é que ele sempre descobre um jeito de colocar uma cena sensacional na trama num lugar inusitado. A trama é sempre filmada em sua maior parte num castelo, num bote, num navio, numa biblioteca, num escombro, num porão, num bairro esquisito, num lugar onde a gente se sente estrangeiro. Durante todos esses anos, eu venho colecionando os filmes do Polansky. E também coleciono, na cabeça, as cenas dos filmes. Tenho pelo menos uma de cada filme, menos de O Bebê de Rosemary, que morro de medo, não vejo.
A primeira cena sensacional de que me lembro dos filmes do Polanski é com a Nastassia Kinsky, linda de morrer, aceitando um morango que lhe é oferecido pelo seu sedutor, o homem que um dia ela irá matar. NK mordisca o morango. E depois olha para frente, para o homem que lhe estendeu a mão com o morango. Foi depois daquela cena que eu descobri que a paixão nem sempre é uma coisa boa, mas é quase sempre irresistível.
E de onde veio tudo isso? Tudo porque eu ouvi uma nova versão de La vie en rose no blog da Mawa. E La vie en rose é uma das músicas que mais tocam em Frantic e ....
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8 comentários:
Pô careca, e o Inquilino? Não entra nessa sua lista? Como eu costumo dizer: a melhor atuação do Klaus Kinski foi na cama. Fazer um monumento daquele não é para qualquer um. Abração.
Eu definitivamente não sou fã de Polanski, apesar dele ter filmes muito bons. Falta algo =/
tenho um amigo, o Mundinho. Para ele, é Deus no céu e o Polanski na terra. gosto de algumas coisas.
O bebê...não vejo nem com a porra!
abraço
ai que bom que você também tem medo do bebê de rosemary.
Véi, só assisti uma única vez na Cultura Inglesa. O filme não existe no Brasil em DVD, infelizmente. No entanto, a Paramount o lançou na Região 1 (EUA), em cópia simples e sem extras. Quem sabe um dia vão lançar.Abração
Rodrigo, essa coisa que falta é parte da genialidade do Polanski: ele deixa espaço pra pensar. :)
Bono, filme com criança zumbi também me dá vontade de sair correndo...
Franka, todos os seres humanos têm medo daquele filme, mas poucos admitem.:)
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