Ao voltar pra casa, fiquei pensando alto. Vejamos. A Arma Zeta havia desaparecido. Não, eu não pensei isso, porque a Arma Zeta não significava nada para mim, eu ainda não sabia que aquele enfeite de mesa poderia disparar raios desintegradores. Eu não sabia de nada e era Carnaval. Então se eu não tivesse visto Manoela eu não teria desmaiado. E se eu não tivesse desmaiado, não teria sido levado até o sofá do apartamento do meu vizinho e visto um enfeite de mesa idêntico ao meu na mesa da sala dele. Também não teria visto a mãe de Manoela e reconhecido a mulher que me visitara por engano alguns meses antes, enquanto procurava Roberto, meu antigo vizinho.
Esse raciocínio me deixou com duas grandes dúvidas na cabeça. Por quê o meu enfeite de mesa estava no apartamento do vizinho? Quando poderia ver Manoela novamente? Eram perguntas não poderiam ser deixadas suspensas na retórica. Especialmente a segunda. Enquanto eu pensava nisso, eu vasculhava a sala em busca do enfeite de mesa, sem sucesso. Mas para minha surpresa, a campainha tocou e corri para atender a porta. Mas antes, é claro, olhei pelo olho mágico.
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