terça-feira, 1 de maio de 2012
Dentro e fora de casa
Norah Jones (with Wynton Marsalis) - You Don't Know Me
Tenho todo espaço que preciso e ainda me sobra um pouco. Mas às vezes me sinto preso. Tenho todo o tempo do mundo e estou sempre tendo que deixar coisas para o dia o seguinte, porque não dá tempo de fazer tudo. Tenho andado ocupado pra burro, mas às vezes tenho a impressão de que não estou fazendo nada. Estou há um ano desempregado, e acho que nesse tempo fiz até mais coisas relevantes para mim e para a minha família do que nos últimos três anos em que estive empregado. Entretanto, tenho absoluta consciência de que não é esta a leitura que é feita por qualquer pessoa que esteja me observando, não importando o quão próxima ela esteja. Estar em casa, sem contribuir ou contribuindo com pouco para as despesas, não é uma situação confortável. Para começar, as mesmas coisas que poderiam significar verdadeiros momentos de epifania e regozijo também são capazes de propiciar mal-estar e depressão. Tenho prestado muita atenção nisso, porque não posso me dar ao luxo de ficar doente. Não é só porque o convênio não é grande coisa, mas também porque recuperar a saúde exige muito esforço e tempo. Tenho me dedicado a projetos. Existem os projetos dentro de casa e os projetos fora de casa. Os que desenvolvo dentro de casa, estão saindo às mil maravilhas. Os projetos fora de casa não vão muito bem, é uma pena.
Dentre os projetos dentro de casa, falo muito aqui no blog dos trabalhos de marcenaria, dos móveis, da iluminação, jardim e pequenas tarefas da manutenção da casa. Também estou preparando o livro com os textos do blog e uma seleção dos desenhos e ilustrações. Escrevo diariamente e tenho conseguido manter a rotina de publicar um post por dia, ainda que às vezes não diga muita coisa. Estou feliz com o desenvolvimento dessas atividades. Dentre os projetos fora de casa destaco três: concursos, emprego e ARRAIS. Já prestei vários concursos nos últimos doze meses, sem sucesso, nem é preciso dizer. Também já fiz algumas entrevistas para empregos. Em todas elas, os entrevistadores se impressionam com o currículo e com a minha experiência profissional, que inclui postos de chefia e supervisão. Em todas, me dizem que não poderão me remunerar tão bem quanto nos três últimos empregos. Houve uma pessoa que me ofereceu, sem enrubescer, pouco mais que dois salários mínimos. Em geral, falam que entrarão em contato posteriormente. Houve uma vez em que a pessoa já foi me encomendando trabalhos, mas nada de concreto surgiu. Apesar dos insucessos, não desanimei, ainda acho que um concurso ou uma entrevista de emprego podem gerar resultados positivos.
Por isso, com as outras coisas rolando, resolvi dar um pouco de atenção para o projeto ARRAIS, engavetado desde a mudança do velho apê para a casa. Existem duas possibilidades: estudar e fazer uma prova sobre a legislação e regras da navegação, ou estudar e fazer um curso prático com avaliação ao final. Estou mais inclinado para a segunda opção. Sempre quis ter a autorização para navegar no Lago Paranoá, desde a época em que remava um caiaque pelas águas da península norte. Está na hora de tirar esse projeto da gaveta e começar a equilibrar a balança dos projetos fora de casa.
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