Neste sábado, eu, minha mulher, o Cabeça e a Mulher do Cabeça fomos almoçar num restaurante espanhol. Estávamos em busca de um prato simples e delicioso, que experimentamos há uns dois ou três anos numa feira no parque de exposições da cidade. Era uma feira gaúcha, mas na área de alimentação havia restaurantes de todos os tipos. Lembro que no dia estávamos meio cansados de carne e resolvemos aproveitar uma oferta de lagostins, com arroz com açafrão e cogumelos.
Os pratos foram feitos na hora por um sujeito meio gordinho e careca. Ele usou apenas azeite virgem e um pouquinho de vinho branco para fazer os lagostins. O arroz também foi feito rapidamente, requentado numa frigideira de barro. Nem eu nem o Cabeça levamos fé naquele prato, assim que o sujeito serviu. Mas foi uma experiência maravilhosa. Não conseguimos parar de comer. Ao final do almoço, depois de termos comido todos os lagostins que havia, o cozinheiro puxou conversa.
_Estamos pensando em abrir um restaurante aqui em Brasília. O que vocês acham?
Apoiamos a idéia entusiasticamente, é claro. O sujeito me estendeu um cartão. O nome dele é Luiz Reyes. O nome do restaurante é La Plancha. O Cabeça me cutucou e disse que esse é um dos restaurantes mais tradicionais do Rio, com gente fazendo fila para entrar com seis meses de antecedência. É uma fama merecida.
Ontem, finalmente, nós fomos lá e repetimos a experiência. Foi um reencontro magnífico e aperfeiçoado. Além de lagostins, também tivemos lagostas e camarões. O arroz com açafrão e cogumelos também estava delicioso. O período de mastigação e deglutição durou cerca de duas horas.
Só de lembrar do almoço eu me sinto melhor, mais bonito, mais inteligente e mais forte. São coisas assim que renovam a esperança no futuro da humanidade.
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