sexta-feira, 29 de maio de 2009

O motim no Bounty

Nem sei mais porque comprei esse livro da Caroline Alexander. Acho que não foi pelo tema, embora já conhecesse a história das versões do cinema. Vi uma versão com o Marlon Brando. E uma em preto e branco, acho que foi com o Humphrey Bogart. Gostei das duas. Do cinema, guardei na memória a impressão de que o filme retratava uma rebeldia contra as regras excessivamente rígidas da marinha da época. O filme seria um embate entre o que é novo e amante da liberdade e o que é conservador, severo, rígido e brutal.

A história do Bounty é muito diferente. Não é como a minha memória traiçoeira me fazia lembrar. Eu torci, eu lembro, para o Brando-Fletcher Christian, o jovem oficial que lidera os homens contra a brutalidade e rigidez do comandante Bligh. Não é nada disso. O livro de Caroline Alexander mostra por a mais b que não foi nada disso. Mas ainda assim é essa a versão que permanece.

Caroline Alexander escreveu Endurance. Conta a trajetória de Shackleton para chegar à Antartica. Foi um dos melhores livros sobre fatos históricos que eu jamais li. Conta a história real baseada em documentos e registros, tintim por tintim. É genial. Por causa do Endurance, reli Moby Dick e uma série de livros e autores que sempre adorei, de Melville a Maugham, de Conrad a Alexander.

E por causa desses livros e autores excelentes, comecei a montar barcos de madeira da Artesania Latina, Constructo, Midwest, Great Models e outros. Depois tive que parar, por causa de poeira, cola e alergia. E também porque é um hobby super caro. Tenho dois modelos inacabados. Um grande barco que precisa ser restaurado. E muita preguiça de começar.

Tantos livros e autores excelentes.

Às vezes dá vontade de ser só consumidor.

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