Eu, no início daquelas sessões da tarde, simpatizava com aqueles loucos dos filmes de 007, de Superman, de qualquer herói.
Os malucos que tentavam dominar o mundo.
No início dos filmes, eu confesso, eu torcia por eles.
Eu também queria ver e saber como eles fariam para dominar o planeta.
Cheguei a fazer os meus próprios planos, num passado distante.
Eu sou um megalomaníaco pacífico.
Dominaria o mundo sem violência.
Eu descobriria um elemento mágico, que me daria o poder de dominar o cérebro dos homens.
E das mulheres.
E também dos outros animais.
Eu desenvolveria um jeito de hipnotizar qualquer pessoa que olhasse nos meus olhos.
Eu inventaria um aparelho que disparava um raio-onda de dominação.
Eu encontraria um meteoro que me daria o poder de prever o futuro.
Desisti de uma vez por todas de dominar o mundo há muito tempo.
E não foi por causa do 007, nem Superman.
Foi por pura preguiça.
Dominar qualquer coisa dá muito trabalho.
E por melhor dominador que eu seja, eu sempre esqueço uma coisinha ou outra.
Além disso, tem que ouvir muita reclamação, subordinado adora reclamar, é um saco.
Essas coisas acabam com a graça de dominar o mundo.
Então reduzi o meu horizonte.
Planeta, continente, país, estado, cidade, bairro, prédio, apê, escritório, mesa.
Ao invés de dominar o mundo, hoje faço planos para dominar uma página em branco.
Rapidamente.
E se eu uso espaço duplo, a coisa acaba num instante.
Viu.
2 comentários:
Dominar o mundo é difícil.
Mas começa pegando a Oceania e a América do sul. É mais fácil e já ganha dois exércitos extras.
grande abraço
Bono, essa era a melhor e mais perseguida estratégia. Difícil era Ásia e América do Sul.
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