domingo, 21 de setembro de 2008

Paintball



Eu estou com um hematoma no braço esquerdo. Foi uma bolinha de paintball que acertaram no meu braço, perto do meu ombro. Dói um pouco, brincar de paintball. Mas é ótimo acertar as bolinhas nos outros. As regras de paintball são muito simples, mas mesmo assim ninguém presta atenção. Eu só consegui guardar as regras de segurança: mantenha a máscara protetora o tempo todo e só tire a capa da arma de ar comprimido na área onde é permitido atirar. É uma sensação ótima, apontar, mirar e acertar bolas de tintas nos outros. Paintball é melhor do que estilingue com mamona, embora seja mais caro.

O hematoma no meu braço resultou de um descuido de dois segundos em que fiquei sob a mira de um cunhado e de um sobrinho. Os dois estavam me cercando de posições diferentes, a trinta ou vinte metros de distância. Eu estava atrás de um obstáculo, uma falsa parede feita por um retângulo de lona de um metro e meio de altura. A mais ou menos um metro de altura havia um rasgão na lona, de onde dava para mirar e mandar bolinhas nos adversários. As bolinhas eram arremessadas a duzentos quilômetros por hora por uma pistola de ar comprimido no formato de uma sub-metralhadora. O alcance da arma era de mais ou menos uns cinqüenta metros. De modo que, na área de tiro, não havia zona de escape. Se você vacilasse, levava tinta.

Felizmente, só levei um único tiro. Acertei pelo menos uns dez no meu cunhado. Três só na perna direita dele. Toda hora ele entrava atrás de uma falsa parede de lona que não protegia as pernas muito bem. Era um lugar que permitia alcançar uma espécie de torre, de onde se podia cobrir o campo inteiro. Mas não escondia as pernas direito. Não sei se a minha equipe ganhou. Sei que não fui eliminado. Brinquei por mais de uma hora e disparei duzentas bolinhas de tinta amarela. Suei em bicas, fiquei cansado, mas me diverti.

Não me senti politicamente incorreto. Também não me senti politicamente correto. Brinquei de verdade. E achei que os meus filhos iriam ficar chateados de só assistir, de longe, protegidos por duas telas, as batalhas de tinta do seu pai. Mas até que eles gostaram. A menina juntou um monte de bolas que não estouraram. E o garoto aproveitou para disparar algumas bolas de tinta, sob a minha supervisão superexagerada.

4 comentários:

Rodrigo Carreiro disse...

Eu sempre quis "jogar" Paintball, mas nunca consegui, até pq aqui pelas bandas é difícil. A não ser que você queira jogar de verda hahahah

Anônimo disse...

Se eu brincasse disso, tomaria sozinha as 200 boladas. E ali pela quinta, já estaria caída no chão. Sou muito franzina. Isso deve doer pacas! Parabéns pela coragem e pela surra no cunhado! Abraços.

Careca disse...

Rodrigo, a bolada dói, cara! Se te acertarem de perto é igual a tiro de sal.

Careca disse...

Janaína, dói um bocado. Mas não fui corajoso. Fiquei detrás dos obstáculos, procurando acertar os outros quando desse, na tocaia. E tive sorte. Algumas bolas passaram zunindo perto dos meus ouvidos. Abçs

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