domingo, 12 de maio de 2013

Nem tão jovens assim



The Cure - Just Like Heaven

Ganhamos ingressos para assistir Homem-de-Ferro 3 numa promoção relâmpago. Fui uma das primeiras cem pessoas a imprimir um e-mail e apresentá-lo à concierge do shopping. Fui bem idiota. Imprimi o e-mail a cores. Poderemos ver o filme em qualquer horário de segunda a quinta-feira, desde que não seja feriado, enquanto o filme estiver em cartaz. A concierge me pediu o CPF, a identidade, o e-mail, o CEP e mais um monte de coisas. Devo ter feito cadastro no mailing desse shopping umas trinta vezes. Como resultado, sou bombardeado por quinze ou mais e-mails por dia de empresas relacionadas ao shopping. É mais confortável assistir a filmes em casa, mas o shopping é perto de onde moro e ainda desfruto de uma boa sensação de segurança. Entretanto, é mais econômico ficar em casa. Sair custa, em média, 50 pratas. Com as crianças, é o dobro.

Estou curioso para ver o filme "Somos tão jovens". Todas as pessoas que o viram cobrem a fita de elogios. Uma delas comentou que esta é a primeira chance que a minha geração tem de conferir uma boa história sobre a sua juventude, nas entrequadras de Brasília. É aqui, não é uma metáfora sobre algum lugar mítico no passado. É uma história onde a cidade também é personagem. Nas conversas, as pessoas apontam para as pequenas falhas que não prejudicam o enredo, das reconstituições de espaços tão profundamente alterados pelo tempo, como o cine Karim. Todos falam que saem do cinema com gosto de quero mais, que faltou contar alguma coisa que também achava fundamental para exprimir como foram aqueles dias, quando éramos tão jovens. E falar sobre o filme também se torna uma forma de contar a própria história, as loucuras, os medos, e a ingenuidade que cada um parece ter guardado para envolver aquela época.



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