quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dorminhoco de elevador



Cold War Kids - We Used to Vacation

Quando as crianças eram bebês, às vezes tínhamos dificuldade em fazê-las dormir. Então aos poucos fomos descobrindo alguns truques para que pegassem no sono. Meu filho, por exemplo, dormia fácil sobre meu peito, escutando as batidas do meu coração. Minha filha cochilava quando dançava comigo, aninhada nos meus braços e com o queixo encostado, de leve, no meu ombro. Nessa época, colocava muito jazz e ambos adoravam um CD do Count Basie (The Atomic Mr Basie, que um dia ficou preso dentro do CD player. Até hoje está lá dentro, nunca consegui que funcionasse novamente. Quando cresceram um pouco, às vezes era preciso levá-los a passear de carro. Íamos os quatro, eu, minha mulher e os dois bebês cuidadosamente acomodados nas cadeiras super-reforçadas e seguras que economizamos meses para comprar. No início, o truque funcionava rapidamente. Mas pouco tempo depois, as crianças pareciam saber que aquilo era apenas uma estratégia desesperada para que dormissem rapidamente, então passavam a ficar acordadas. Desistimos dos carros depois que minha mulher dormiu e as crianças permaneceram acordadas depois de 15 minutos de passeio lento e sonolento com o carro. Depois paramos definitivamente de usar o carro para fazer as crianças dormirem. Só muito tempo depois um amigo me falou que o melhor para fazer bebês dormirem é passear de elevador. Quanto mais alto o andar, melhor. Depois eles cresceram e perdi a conta das vezes em que carreguei ambos, alternadamente, do carro até o elevador e do elevador até a cama do menino ou da menina, quando voltávamos da casa dos avós, aos domingos.

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