sexta-feira, 24 de maio de 2013
Espinoza e a essência do indivíduo
Laurel & Hardy - The Plank
"Espinoza acreditava que todo indivíduo tem uma natureza essencial que luta, ao longo da existência, para realizar e manter. Em outras palavras, ele achava que subjaz em cada indivíduo um ímpeto inato para se tornar, e se manter, aquilo que aquele indivíduo é mais essencialmente." Sobre a verdade, Harry G. Frankfurt, pag. 49.
Espinoza acredita na paixão e no amor. Quem ama necessariamente luta para ter presentes e preservar as coisas que ama. Como filósofo que ama a verdade, Espinoza dizia que alguém que despreza a verdade ou é indiferente a ela deve ser alguém que despreza a sua própria vida ou é indiferente a esta. Para o filósofo, essas pessoas teriam grandes dificuldades na vida.
Também acredito nisso, em que pese todas as consequências. É uma coisa terrível de se acreditar, porque vai, em certo ponto, contra a noção de livre arbítrio. Esopo resumiu tudo com a história do escorpião e da rã.
E se for da sua natureza do indivíduo agir como vilão, com frieza e crueldade? Em algum momento é isso que predominará? Somente assim aquele indivíduo se sentirá plenamente realizado? E se for da natureza do homem que ele seja desonesto, ao longo de sua existência ele se tornará e se manterá desonesto? Até que ponto isso é inevitável? O mesmo ocorre com o assassino, o covarde, o irresponsável, o canalha e todos os outros criminosos e desvirtuados? Indivíduos são recuperáveis ou o que importa é uma Lei de Talião mais sofisticada? Não sei. Nem mesmo sei se já soube. Esqueço coisas óbvias. Leituras a serem refeitas. Longos dias em silêncio.
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