sábado, 13 de outubro de 2012

O tatu Fu



Pluto e o Tatu

A Pata Fup, uma história curta de Jim Dodge, foi uma das mais gratas leituras dos tempos da universidade. Li a primeira versão da editora Brasiliense, mas não tenho muita certeza porque o livro original desapareceu misteriosamente. Não encontro em estante nenhuma. O gozado é que o Cabeça jura que eu peguei o livro dele, o que não é absolutamente verdade. Lembro como se fosse hoje do dia em que entrei no Sebo Antiquarius, que havia ali, logo abaixo da extinta livraria Eldorado, na Rua da Igrejinha, e me deparei com o meu exemplar original de Fup. Comprei por uma merreca, como ainda diz o meu amigo Velho Tom, com quem furei o almoço de hoje.

Fup. É uma historinha maluca, a do livro. Fala de um avô beberrão que se julga imortal e de sua vida junto ao neto Miúdo, um rapaz obcecado em construir cercas na fazenda onde moram. Fup é a pata que auxilia Miúdo a enfrentar o maior e mais perigoso porco-do-mato da região. O livrinho não dura mais que um dia, se você começar bem cedo. E sua justa interpretação e sentido até hoje constitui um desafio significativo. Nunca consegui chegar a uma interpretação de consenso entre dois leitores. Também ainda não conheci quem não tenha gostado do livrinho. Na última vez que li Fup, havia uma introdução do Marçal Aquino, que foi quem traduziu o livro para o português. Não lembro de ter lido esse texto nos tempos da universidade, por isso acho que é coisa de edição mais recente. Mas posso estar enganado. Bom, isso aqui não é resenha de livro, quem quiser que google aí.

O caso é que lembrei de Fup hoje ao ler mais uma notícia sobre o furo de mais um boneco mascote da copa do mundo no Brasil. Parece que o destino desse boneco tatu-bola é ser furado, aonde quer que vá. É o próprio Tatu Fú.



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