terça-feira, 9 de outubro de 2012

Moldura



Five Alarm Funk - dica do Gravetos e Berlotas

Minha filha foi escolhida uma das melhores leitoras da sala. Ela tem oito anos e trouxe orgulhosa para casa o certificado da escola. Está grudado ao lado do computador. O certificado está assinado pela diretora e pela coordenadora do segundo ano matutino. É candidato certo para as molduras que pretendo fazer ainda neste mês, assim que a minha mão estiver menos inchada. O ferimento foi num local muito complicado, bem na base do L formado pelo polegar com o resto da mão. Ao que parece, haveria necessidade de mais um ponto. Minha mulher acha que um pedaço da ferida está infeccionado. Eu não sei. Há inchaço, sem dúvida, amanhã irei ao médico para conferir novamente e, quem sabe, tirar os pontos.

Choveu um pouco no final da tarde, mas não foi o suficiente. A verdade é que vacilei, confiei na chuva e relaxei com a regada diária das plantas. Terei que refazer a horta. A produção é ínfima e muito inferior ao gasto com água, mas não se trata disso. É uma série de outras coisas. Admito que uma delas é o prazer de falar que eu tenho uma pequena horta no quintal. Não é uma mercedez na garagem. Nem um rolex no braço. É só uma hortinha pequena lá no fundo do quintal, mas é um luxo danado. A horta também tem a ver com as crianças, elas gostam de acompanhar o crescimento das plantas. Já tivemos tomates, cenouras, alfaces, pimenta, morangos, salsa, cebolinha, manjericão e couve. Os dois últimos ainda temos. Dizem que o manjericão perde o sabor depois de florir, mas é mentira. Já temos um verdadeiro arbusto de manjericão, mas as folhas continuam cheirosas e saborosas. Os pés de couve estão com um metro de altura e ainda produzem. O problema é que os pássaros adoram os brotos das folhas e as que conseguem escapar estão sendo atacadas por lagartas. Como andei descuidado, deixei de fazer a ronda diária nas folhas. O estrago foi grande.


No início da noite, um pequeno drama. Rafa abocanhou um dos brinquedos da menina. Por coincidência ou não, foi um minúsculo cachorrinho de massa plástica, que ficou sem uma das patas dianteiras. Está na fila de consertos. Se eu conseguisse desenhar, um dia faria a fila de brinquedos para consertar que existem em cima da minha mesa. Bonecas, lanternas, peças de tabuleiro e agora um pequeno cachorrinho de massa plástica. Observando melhor, a outra pata dianteira está por um fio. Vou tentar um durepoxi ou uma cola de pvc. Mas só amanhã.





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