1 - Guerra nas Estrelas
2 - Alien, o oitavo passageiro
3 - Solaris - o original do Andrei Tarkovsky, é claro
4 - Brazil, o filme
5 - O beijo da Mulher-Aranha
6 - Cat people
7 - Os imperdoáveis
8 - Lawrence da Arabia
9 - Imensidão Azul
10 - Blade Runner
A minha lista de filmes marcantes é enorme. Mas dessa lista daí de cima, quase todos assisti no Cine Brasília em festivais incríveis. Invariavelmente, aquele cinema enorme era todo meu e de mais um ou outro gato pingado perdido no planalto central. Assistia ao filme logo depois do almoço, na primeira sessão da tarde. Ia à pé. Morava bem perto do melhor cinema da cidade e usufruí desse privilégio enquanto pude, o máximo possível. Outra tela frequente era na Cultura Inglesa, na sessão noturna. Íamos aos magotes no tempo da universidade. Star wars assisti na estréia, adolescente, no falecido Cine Atlântida que virou templo e hoje já não sei mais o que é. Era a segunda melhor tela da cidade.
Mas nada, nada, nada, se comparava à grandiosidade luxuosa e fantástica do Cine Brasília. A iluminação maravilhosa, a penumbra que permitia ver tudo. As poltronas em couro e veludo, super-confortáveis. A tela gigantesca em curva. Assisti a Blade Runner vezes sem conta, sabia diálogos inteiros.
Faz muito tempo que não vou ao Cine Brasília. Passei de carro em frente ao cinema na manhã de hoje, voltando do dentista. Mudaram a cor. Era bege, depois mudaram para amarelho queimado. Agora está um vermelho quase roxo, bonito, combina com o tempo nublado que anda fazendo.
Houve um tempo em que eu conseguia imergir com facilidade num filme. Hoje em dia isso é raro. Acontece mais com os desenhos animados do cinema, que vejo com as crianças, do que com os filmes adultos, que vejo com a minha mulher.
Para se ter uma idéia, chorei de verdade com Toy Story 3, na cena em que o Andy se despede do Woody. O discurso do garoto me emocionou profundamente. Mas não dei bandeira, disfarcei bem. Quero dizer, disfarcei melhor do que o sujeito que estava à minha frente, que soluçava de bacada costela-de-vaca, bou-ou-ou-ou, pior do que o Obelix interpretado por Gerard Depardieu.
Outro dia encontrei Cat People numa loja. Em português é A Marca da Pantera, não precisa ir ao google. O legal é que no livro O beijo da Mulher Aranha aparece uma bela descrição do Cat People original. Também marcaram: Laranja Mecânica(Cultura Inglesa), O enigma de Kaspar Hauser(Cultura), Berlim Alexanderplatz(passei uma semana no auditório da Caixa) e um filme superfantástico que assisti no cinema da UnB chamado O Ilusionista, dica dos amigos Salimon e Dulcídio. Talvez a memória tenha truncado esse título, nunca encontro informação sobre ele na internet. O que me restou é a vontade de entender melhor esse filme, cheio de imagens emocionantes, parecidas com as de um sonho, sem diálogos, só música e efeitos sonoros. Esse foi, sem dúvida, o que me deixou mais tonto e curioso, o que tenho vontade de rever até hoje. Ao mesmo tempo, tenho medo de rever e achar uma grande bobagem.
No dentista, enquanto esperava fiquei observando uma reprodução ampliada de um Van Gogh. Achei uma bela coincidência, pois estou obcecado com os 37 auto-retratos que localizei do VG na internet, veja lá no meu blog de desenhos. Não me lembrava desse quadro entre os 2138 dos trabalhos listados do VG, sendo 849 pinturas. Considerando que o cara trabalhou como pintor somente durante 10 anos, é possível dizer que teve uma produção considerável. O que também me faz lembrar de um filme em que VG foi interpretado por Kirk Douglas. Depois vi um outro, em que ele era encarnado por Tim Roth. Ambos marcantes. Mas esses filmes vi na TV.
5 comentários:
nossa, também adoro cat people e imensidão azul
ah, esse o ilusionista é o filme holandês?
Leila, o que remete a outros gostos em comum, do tipo Bowie, Macdowell, Betty Blue, etc, o encadeamento é infinito.
Na mosca, é o holandês. Vou pedir na Amazon, é o jeito. :)
Engraçado Marden, ainda esta semana pensei neste filme. Assisti ele um par de vezes, inclusive meio embriagado. Sempre me deixou intrigado, muito mais que o outro do mesmo diretor: O homem da linha. Sobre os 10 filmes que vc cita, temos um tanto de coincidência. Ao ler, achei que ia encontrar uns nomes difíceis, afinal vc sempre foi mais culto que a maioria de nós. E não estou tirando onda....Grande abraço
Betty Blue!! acho q ainda tenho a trilha aqui
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