domingo, 16 de agosto de 2009

Inimigo público e Amadeus

Fui assistir a Inimigo Público, com o J.Deep. É bom. Em algumas cenas, deu pra notar que o diretor estava querendo fazer cinema de verdade, com letra maiúscula. Ele investiu pesado na fotografia. E acertou muitas vezes. Em outras, acho que errou.

Ele também fez uma coisa que eu gosto muito. Uma história com início, meio e fim. E com a conclusão final. Desde Cidadão Kane, os melhores filmes de Hollywood possuem uma frase final, uma moral conclusiva e definitiva. Em Kane, essa frase é resumida pela metáfora de Rosebud. Em Inimigo Público, há uma coisa parecida, não preciso dizer o que é, é a última frase do filme.

Foi um bom filme.

Mas estou com saudade de um GRANDE filme. Outro dia revi um GRANDE filme em casa, comprado numa promoção das LAs. Amadeus.

Milos Forman é um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Numa cena, logo no início, o maestro Salieri começa a contar porque teria matado Mozart. É uma das melhores e mais deliciosas cenas que já vi. O maestro parece ler uma partitura invisível e reger uma orquestra com a magnífica música de Mozart. Ali tem há uma "Rosebud" escondida. Uma confluência, um sentido brilhante que a mente e o coração começam a apreender, mas que se esvai, no último instante.

Em alguns momentos, Inimigos Públicos também consegue essa proeza.

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