quinta-feira, 25 de julho de 2013

Nos últimos dias



El que persevera...

Voltei para a oficina nos últimos dias. Repintei o baú que fiz na semana atrasada de preto por fora e branco por dentro, consertei finalmente o pé da velha mesa de jantar e lixei e envernizei duas grandes mesas baixas com gavetas que meu irmão me deu. As mesas, cada uma com 1,80 m, foram colocadas na sala o que exigiu uma nova arrumação geral. Uma coisa leva a outra, foi por causa delas que me senti na obrigação de consertar o pé da velha mesa de jantar.

Foi a primeira mesa que compramos, assim que nos mudamos para o velho apê. É extensível. Isso significa que ela abre no meio e duas metades correm sobre uma moldura retangular. As junções desse tipo de mesa são bem boladas, com as quinas dos retângulos sendo fechadas por dentro por pequenos blocos de madeira, formando um triângulo. Cada uma dessas hipotenusas dos triângulos são atravessadas por dois grandes parafusos de latão amarelo que são rosqueados às pernas da mesa. A armação de madeira é dura, escura e pesada. As pernas são de pinus. A mesa ficou desconjuntada de tanto ser empurrada de um lado para outro. Isso forçou tanto a armação de madeira que um dos lados se esfacelou. A mesa só ficava de pé por causa de um remendo capenga que fiz ainda no velho apê, com um pouco de cola de pvc, parafusos e uma cantoneira. O remendo era horrível, mas funcionou durante uns oito anos. Com um pouco de boa vontade era possível não perceber que havia alguma coisa de muito errada com aquela mesa.

O conserto demorou mais do que eu pensei, mas ficou razoável. Só vou precisar de duas pinceladas de tinta preta para esconder os dois parafusos extras que usei para fixar a hipotenusa defeituosa. Conmo estava com o bicho carpinteiro, tratei de esvaziar e limpar toda a oficina novamente. A melhor coisa do trabalho com madeira é a possibilidade de devanear durante algumas horas. Depois fica bem mais fácil tirar o que está na cabeça e passar para o papel.

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