Agora que tenho todo o tempo do mundo, o tempo se esgota rapidamente. Os dias passam voando e as coisas não planejadas tomam um tempo enorme. Ainda existem coisas a consertar, pisos e pinturas a serem feitas, especialmente no velho apê. Também é preciso desocupar um quarto cheio de bugigangas e coisas que fomos encostando do velho apê. É hora de tomar decisões importantes, sobre o que jogar fora e o que preservar. Tranqueiras acumuladas em mais de dez anos devem ir para o lixo, eu sei, mas às vezes a mera separação de objetos para o lixo desencadeia uma longa sequência de memórias e devaneios. E com isso o tempo passa ainda mais rápido.
O tempo de escrever também passa voando, com devaneios e pensamentos desconexos em turbilhão. Quero escrever milhares de coisas, mas me atropelo e nada guarda coerência com nada. A escrita vive da leitura e não tenho tido tempo de ler. Hoje passei em frente à livraria, na hora do almoço e quase comprei um livro. Mas não me faltam livros. Na mudança, organizei duas prateleiras de livros ainda não lidos. Alguns deles são bem convidativos.
Mas o difícil mesmo é conter o sono. Tenho feito tantas coisas diferentes durante o dia que os bocejos e os olhos pesados me pegam no meio de uma ou duas páginas de leitura. Estou dormindo cedo e acordando cedo.
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