A curicaca é uma ciconiiforme da família Threskiornithidae. Seu nome popular é onomatopéico, semelhante ao som do seu canto. É uma ave comum na América do Sul. Tem cerca de 40 cm de altura e 70 cm de comprimento. O bico é curvo e fino. Essas aves são protegidas pelos agricultores, porque controlam o número de insetos.
As curicacas não têm nada em comum com as garrafas de Gatorade, a não ser que fazem parte desse post, que é um pedido de desculpas a duas pessoas diferentes. O primeiro é para o meu pai, porque duvidei do nome e da existência dessa ave.
_É curicaca - disse o meu pai.
_Tá, curicaca, acredito - eu disse.
_Está duvidando? É curicaca o nome desse bicho.
_Sei, ave rara, encontrada também na Patagônia, vista pela primeira vez pelo Dr. Livingstone no lago de Titicaca, quase extinta pela família Curi porque detestavam a associação com o nome.
_Nada disso, é ave comum, já vi muitas aqui no quintal.
E meu pai descreveu a curicaca exatamente como elas aparecem nas fotos que vi depois, pela internet. Também reconheci a ave que vi numa palmeira outro dia, passeando por lá. Bom, sorry, não tá mais aqui quem falou.
E as garrafas de Gatorade? Bom, uma vez, há centenas de posts neste blog, eu acusei injustamente a minha mulher de ter jogado fora minha coleção de garrafas de Gatorade. Lembro que na época, por volta do ano 2000, tivemos uma conversa mais ou menos assim.
_Eu? Não joguei fora coisa nenhuma, mas se por acaso eu encontrar essas garrafas elas vão para o lixo, sim, senhor. Nunca vi. Você guarda tudo, Careca. Até tampinha de cerveja - disse a minha mulher.
_Minha coleção de tampinhas? Onde está?
_Coleção, uma ova! Era um monte de tampinhas de uma única marca de cerveja.
_Da Devassa? Eram tampinhas do ano de lançamento, não fazem mais daquele jeito.
_Era um monte de tampinhas enferrujadas e sebentas. Foram para o lixo.
Ela,portanto, não disse que havia jogado as garrafas no lixo. Embora tenha admitido que poderia fazê-lo. Mesmo assim, presumi que ela havia jogado as garrafas fora. Lembro que fiquei chateado. Fiquei tão chateado que anos depois, quando comecei esse blog, fiz um post em que recriminava a minha mulher por ter jogado a minha coleção na sarjeta.
Exagero, podem pensar alguns. Mas comecei essa coleção em 1998, quando a bebida foi lançada e as garrafas eram de vidro, com letras em relevo e com duas partes jateadas. Coisa fina.
Hoje, enquanto esvaziava o quartinho da bagunça do velho apê me deparei com uma caixa enorme, cheia de garrafas. Era a minha coleção. Caramba! Depois de tanto tempo, devem valer uma nota no mercado dos colecionadores que são birutas como eu.
Bom, sorry, errei, tentarei não repetir.
Agora vou tentar registrar em foto uma curicaca.
Também vou procurar um lugar seguro para guardar a minha coleção de garrafas de Gatorade. Minha mulher tem memória de elefante.
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