Encontro o meu irmão na frente da sala de aula. Nossos filhos estudam no mesma escola nem-tão-esotérica-assim. Ele me conta que os seus dois filhos mais velhos entraram de férias nessa sexta-feira.
_Foi um prêmio para os garotos que tiraram nota maior do que 85 - ele me disse, encabulado.
_Uau, que legal - eu disse, sem entender a encabulação.
_O problema é que só ficamos sabendo essa semana, não deu tempo de planejar nada.
_Entendi. Duas semanas de ócio total e uma energia exorbitante de pré-adolescentes. É terrível.
_É. E como não estamos de férias, vou ter que dar tratos à bola para arrumar umas atividades para os meninos.
Quando eu era menino, dedicava boa parte das férias a ler. Nunca encarei a leitura ou a escrita como punição. Sempre foram atividades muito prazerosas, até hoje o tempo voa quando escrevo ou leio. Aí me lembrei de como meu pai fez todos nós gostarmos de ler. Primeiro, manteve pelo menos uma estante cheia de livros em casa - ninguém podia ficar sem ter o que ler, é alimento para o espírito. Segundo, meu pai lia na presença das crianças e sempre estudava muito(até hoje). Terceiro - meu pai fazia do livro uma recompensa. Quarto - ele mantinha alguns livros escolhidos fora do alcance, só para atiçar a curiosidade. Quinto - gibis, gibis a rodo para a meninada.
Aí me lembrei da minha enorme coleção de quadrinhos do Homem-Aranha, Tarzan, Capitão América, Hulk e Batman. Talvez eles curtam. Vou oferecer e ver no que dá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário