O problema de voltar a ler é que diminui o tempo para escrever. E o tempo já está muito curto para qualquer das duas coisas. Cortei TV. Cortei ouvir muitos discos. Cortei o aeromodelismo. E o resto, que não é desimportante, não dá para cortar. De vez em quando, é preciso brincar de um jogo de tabuleiro ou de cartas com as crianças, por exemplo. E ultimamente, o Can-can tem feito muito sucesso aqui em casa. Tem também o jogo da memória. Minha filha é tão extraordinariamente boa nesse jogo que começou a ficar sem graça.
Tentamos xadrez, algumas vezes, mas ainda não sei despertar entusiasmo nas crianças com esse jogo. A lembrança de mim mesmo aprendendo lições indeléveis de xadrez com o meu pai sempre me assalta nessas vezes. Mas não chego aos pés dele como professor e as crianças se entediam rapidamente.
Existem um monte de jogos de tabuleiro. Torrinha. Damas. Banco imobiliário. Quebra-cabeças. Também desenhamos e rabiscamos no papel, só para relaxar. Com tanta atividade, sobrava pouco ou nenhum tempo para leitura noturna e blogar. Por isso, em geral, eu blogava e depois ia ler um romance policial rapidinho, antes de dormir.
E aí me deu uma saudade grande dos livros grandes, os que fazem pensar. Deixei os policiais de lado. Afastei o Helman Melville. As aventuras de Gulliver. Eu me concentrei em Dostoéivsky e Miller. Estabeleci uma ordem de prioridades. Ler primeiro o que estivesse à mão dos dois. Corri para a estante e lá estava Plexus, brilhando de novo, ainda embalado. É o segundo da trilogia, mas não importava mais. Sei que vou reler tudo de novo quando acabar. É por isso, então, que ultimamente tenho sido bem desleixado com o blog.
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