segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Bandêidi do Careca
O melhor e mais efetivo termômetro para o sucesso é a gôndola. Pode ser a prateleira do supermercado, da quitanda, da banca de revistas. As gôndolas mais refinadas, os termômetros mais precisos e acurados, são as prateleiras da farmácia. Foi lá que eu vi, depois que a Patroa me mostrou, os magníficos band-aids assinados, desenhados, dirigidos e coreografados pelo Alexandre Hercovitch. De acordo com o cara da farmácia, vende muito bem. Só perde para o band-aid da Hello Kitty.
Pensando nisso, em fazer sucesso e vender mais que pacote de Gogos em banca de revista, eu decidi fazer o Bandêidi do Careca. Tracei uma estratégia de sucesso. Pra começar, bolei um produto bonito, que pretende deixar pessoas machucadas de bom humor, sem perder a compostura. O bandêidi do Careca servirá para pequenas feridas abertas e arranhões na superfície do amor-próprio de qualquer ser humano, seja ele famoso ou anônimo. De fácil aplicação e grande utilidade, o bandêidi do Careca terá também o endereço deste blog que vos fala, para lembrar aos esquecidos que eu estou na Internet.
Pensei também em outros produtos que poderiam carregar a marca do Careca. Logicamente, a linha de higiene e perfumaria quase completa. Tirei o papel higiênico e os lenços de papel por razões óbvias. Mantive o perfume. O creme de barbear. A loção pós-barba. O sabão. O shampoo? Nesse, fiquei em dúvida, acho que poderia confundir o consumidor. Para finalizar a gôndola da farmácia, os produtos com o design do Careca: a palmilha do Careca; a calçadeira do Careca; o barbeador Mach 3 do Careca; a escova de dentes do Careca; a esponja, a saboneteira, o tapete de Box e a espetacular toalha do Careca. Nesse último e felpudo item, estaria estampada a minha sensacional Careca. No meu delírio, já vejo atrizes globais e capas da Playboy enroladas na minha Careca, digo, na minha toalha, digo, nas praias desse Brasil cheio de praias.
Naturalmente, espero ser convidado por uma grande empresa multinacional para lançar essa linha de produtos em escala local, regional, nacional e internacional. E vice-versa. Para o lançamento mundial do band-aid, aliás, pretendo localizar o jornalista iraquiano que jogou o sapato no Bush. O comercial aproveitaria as coletivas do Bush: truques eletrônicos fariam o jornalista atirar os sapatos no Bush no Iraque, em Paris, em Berlim, na Muralha da China, em Nova York, na Casa Branca e alhures. Pensando bem, nem precisaria de truque. No encerramento, sim, um truque eletrônico faria com que o jornalista grudasse, com gentileza, um bandêidi no Bush. Mas se eu não encontrar o jornalista iraquiano, poderia ser um palhaço qualquer.
Caso nenhuma grande empresa multinacional manifeste interesse, esperarei uns dois dias por uma média empresa. E depois, por uma pequena. E assim sucessivamente até chegar no Zé Carlos, que é o dono do verdurão que fica aqui, perto de casa. O Zé Carlos tem uma máquina de fazer sacolas plásticas, que ele comprou usada, muito usada e que funciona num puxadinho que ele tem lá no terreno dele, em Samambaia. Ele me disse que a máquina é o bicho e estampa qualquer estampa que eu quiser nas sacolas e em qualquer produto que tenha plástico. E bandêidi, minha querida Kombi de leitores e leitoras, bandêidi tem uma espécie de plástico.
Os cangurus voltaram
Um casal de amigos do Careca acaba de voltar da Austrália, onde passaram muitas e ótimas com as lindas filhas. Sejam bem-vindos!
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