Voltamos hoje de uma ótima semana passada na Bahia. Fomos recebidos com muita gentileza e pão-de-ló por uma família de amigos. Passamos sete dias na beira da praia, na maior mordomia e ócio. Voltamos com um bronzeado puxado para a pele dos índios norte-americanos. Minha cunhada, quando foi nos buscar no aeroporto, reparou logo.
_Noossa, vocês estão parecendo dois tomates! - ela disse.
_É o meu novo método de bronzeamento super-mega-rápido - eu disse.
_Parece que você torrou, depois descascou e aí queimou por cima de novo - ela disse.
_É, mas essa é uma visão simplificada do warp-tanning - eu disse.
_Caramba, isso deve ter doído horrores - ela disse.
_Só dói quando se respira, a gente se acostuma - eu disse.
_Você eu até entendo, sempre torra, mas e você, minha irmã? - ela disse.
_Ai, eu me distraí passando o protetor nas crianças e acabei esquecendo de passar em mim - disse a minha mulher.
_Mas nas costas ela usou protetor. Eu mesmo passei. Mas aí precisamos passar protetor nas crianças, foi uma zona. Depois eu pensei que ela havia aderido ao warp-tanning, senão eu teria avisado - eu disse.
_Que mané warp! Você sumiu com o protetor e as crianças e eu acabei me esquecendo de me proteger do sol - disse a minha mulher.
_Eu não sumi com o protetor, ele ficou desaparecido na bolsa de ir à praia, depois eu o encontrei e te ofereci - eu disse.
_Quando não adiantava mais nada, eu já estava queimada de sol - disse ela.
_Quer dizer que agora eu sou culpado pelo sol da Bahia - eu disse.
Aí apareceu um guarda e mandou que a gente saísse dali rapidinho, senão haveria multa.
_Isso, eu pensei, vá multar o sol da Bahia!
As férias acabaram e estamos todos bem.
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