quinta-feira, 19 de abril de 2012
Dia do bom selvagem
Children Collide - Sword to a Gunfight
No Dia do ìndio, meus filhos não viram os índios na escola. Estavam na maior expectativa, mas só quem apareceu foi um sujeito que trabalha na FUNAI.
_Ele disse que estava ali representando os índios - falou o meu filho.
_Caramba, os intermediários chegaram até as efemérides! - eu pensei.
_Nossa, se essa moda pega, no dia das mães enviaremos o obstetra - eu disse.
_O quê? - ele disse.
_No dia das mães, eu vou representar a sua mãe - eu disse.
_Não, pai, se você for eu não vou cantar pra você - ele disse.
_Estou só brincando. Sua mãe adora o dia das mães na escola - eu disse.
No almoço, meu filho me disse que os índios aproveitam a natureza racionalmente, utilizam ao máximo os recursos naturais, blá, blá, blá.
_Filho, os índios são nômades. Isso significa que eles esgotam a comida de um território e se mudam para outro. E índio é gente. Tem índio inteligente, tem índio bocó, tem índio que faz besteira, tem índio que sabe usar bem os recursos naturais. Tem índio rico e tem índio que passa fome e vive doente.
_Mas pai, os índios preservam a natureza.
_E nós também. É só cada um fazer a sua parte - eu disse.
À tarde, nós pesquisamos sobre Hans Staden e Cunhambebe, o grande guerreiro tupinambá.
_Ele era antropófago! Comia partes dos corpos dos inimigos para absorver as suas qualidades - leu o meu filho.
Fez uma careta.
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