Terminamos de montar, finalmente, a árvore de Natal daqui de casa. É daquelas chinesas, compramos há uns cinco anos. E enchemos de bolas e enfeites baratos. Ela brilha, pisca e reluz, com dezenas de luzinhas piscantes. Minha mulher comprou guirlandas douradas. E estrelas. Ficou uma árvore super-carregada e kitsch. Mas ainda assim muito bonita. Os olhos das crianças brilhando quando a árvore está acesa é que foram determinantes para os enfeites. E também, é claro, o Rafael.
Como todos da minha kombi de leitores sabem, o Rafael é o cãozinho shitsu daqui de casa. Foi o presente de aniversário da minha filha, em setembro. Rafa, como o chamamos na intimidade do lar, já completou 4 meses. E agora tem uns 35 centímetros. Já consegue pular para o sofá. É um bebê brincalhão e roedor. Ele adora um canto de mesa. Uma perna de cadeira. Canto de estante.
Nós fingimos que não ligamos. E Rafa finge que não sabe que nós controlamos a vontade de espancá-lo com o jornal enrolado. Nós fazemos carinho no Rafa. E ele finge que não percebe que estamos controlando o instinto selvagem e assassino de vingarmos os móveis e demais prejuízos mobiliários. Rafa é uma espécie de roedor canino. Mas alguém disse que é melhor fingir que não nos importamos, senão ele roerá qualquer coisa sempre que desejar chamar a atenção.
Por isso, nós montamos a árvore de Natal numa mesinha de azulejos que a minha mulher adora. Foi a maneira que encontramos de evitar que o Rafa se pendure numa guirlanda e roa uma bola da árvore de Natal, ou uma lâmpada chinesa. Se bem que um choquinho não faria mal ao Rafa...
2 comentários:
bem, a sopa já pula mais de um metro. pensamos em pendurar a árvore no teto, feito uma samambaia.
Franka, ia ficar mais fácil de colocar presentes grandes debaixo da árvore. Por outro lado, a Sopa teria dificuldades para fazer xixi no tronco...
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