quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quê qui há, velhinho

Ainda estou improvisando com o teclado do laptop da minha mulher. Isso explica a ausência total do ponto de interrogação. Inclusive no título desse post. Nunca consegui encontrar o ponto de interrogação no teclado do laptop. É bem verdade que também não procuro com muita paciência. Acho que posso passar sem o ponto de interrogação de vez em quando.

Vejam a situação da porrada na multidão que protestava, pacificamente, contra a corrupção no DF. As imagens são chocantes. Ninguém merece. Felizmente, no dia, evitei voltar para casa no almoço, senão teria sido um espectador preso no trânsito local. Mas posso escrever sem a menor hesitação quanto à pontuação que a PM não poderia ter distribuído porretadas e feito as cavaladas que fez. Sem vírgula nenhuma.

O governador se desfiliou, o que também é uma coisa que não exige interrogação. Nem ponto. Acho que deve continuar o processo e entregar o bastão.

Mas algumas dúvidas permanecem. O uso de palavras de baixo calão em discursos, por exemplo. Acho mais apropriado em comediantes. Dercy Gonçalves gostava muito de palavras de baixo calão. Eu não gosto. Acho deselegante. E também gosto de inventar eufemismos. O que foi dito no Maranhão, por exemplo, é "aquilo que o gato enterra". Ou "aquilo que o elefante não cheira". "O que bóia". Mesmo assim, é muita escatológico, né.

Né. Puxa vida, ponto de interrogação é essencial para sujeitos como eu, né.

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