terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Memória de imaginação



Ocote Soul Sounds - La Reja

Terminei o grande aparador para a sala. Foi feito com ripas e os últimos grandes pedaços de madeira de um ex-telhado. Fiquei com medo de ter feito um aparador grande demais, mas ele não deixou o sofá da sala constrangido. Pedi ajuda da minha filha para escolher o melhor lugar. Foi ela que encontrou o lugar certo. Meu filho não fez nenhum comentário e minha mulher deu a palavra final, dizendo que ficou bom. Rafa, o cãozinho shi-tsu já havia demonstrado ciúmes antes do aparador ser colocado dentro de casa. Tive que lavar o móvel e passar um desinfetante.

Estamos perto do Natal, as crianças estão de férias e a minha rotina mudou pouco. De manhã, depois do café, passo uma vassoura rápida na varanda e recolho as folhas e flores da pérgula. Depois passo a rede na piscina e recolho as folhas, flores e insetos que caíram durante a noite. Depois sigo para a oficina para dar conta dos projetos que ainda faltam para este ano: uma grande mesa de ripas, duas banquetas brancas e um novo carrinho de apoio para a churrasqueira. Todos serão presentes, então é preciso agir depressa.

Além da oficina, também procuro fazer os pequenos trabalhos de conservação da casa. Existem dois pequenos problemas no telhado, ainda é preciso uma mão de pintura na cerca de metal e um poste de iluminação do quintal terá de ser consertado. Esses trabalhos são simples mas exigem tempo bom. E parece até perseguição, basta eu pegar na tinta para que o tempo feche. Os especialistas que tenho convocado por telefone também estão me deixando na mão. Nenhum dos caras que chamei para consertar o telhado apareceram. E a chuva frequente, transforma em risco subir no telhado. As telhas ficam muito frágeis e o estrago com a subida acaba ficando maior. As telhas devem estar secas. Aprendi isso do pior jeito, é claro.

Tenho escrito pouco. Aqui também. Tenho um monte de desculpas. A principal é que estou lendo pouco. Ainda não terminei o Don Corleone, estou encompridando a leitura ao máximo. Há um enorme capítulo do livro sobre o cantor Jhonny Fontanne e sua relação com a Família Corleone. Eu havia me esquecido completamente disso. Mas quando comecei a leitura me lembrei de um artigo do Paulo Francis que falava exatamente dessa lacuna no filme. Ou talvez minha memória tenha inventado essa parte. Alguém já disse, acho que foi o Feijó, que a minha memória é cheia de imaginação.

2 comentários:

leila disse...

Se eu morasse em Brasilia ia comprar móveis de você. sabe aqueles bancos que tem só dois pés em forma de bandeirinha de são joão? quero tanto. ninguém faz por aqui.

Careca disse...

Leila, também acho muito bonito esse banquinho. Se você morasse por aqui seria um presente, é claro. :)

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