Acabou a mamata. Ao invés de percursos rápidos de dois minutos e meio, as rotinas da manhã agora passarão a ser de corridas de 35 minutos até a parte sul da cidade, onde agora meu filho mais velho está matriculado. Sim, resistimos o máximo que foi possível, mas a escola nem tão alternativa começou a se revelar pouco desafiadora o que mais tarde pode vir a significar também uma desvantagem competitiva. Achamos que o menino estava aprendendo pouco e questionando muito. As perguntas tinham muito pouco a ver com curiosidade e aprendizado e muito a ver com teimosia, rebeldia e mera vontade de confrontar qualquer imposição de regras. A troca de escola exigiu um elaborado roteiro de conversação e convencimento desenvolvido pela minha mulher. Posso dizer com tranquilidade que ela convenceu a mim e ao menino com facilidade. Tenho certeza de que ficaríamos milionários se o método fosse comercializado.
Antes de mudar de escola fizemos uma análise detalhada dos prós e contras da mudança, inclusive do esforço logístico. Também colocamos na ponta do lápis o aumento de despesas com transporte e alimentação. Com a nova escola, não será possível almoçar juntos todos os dias da semana, o que é profundamente lamentável. Vamos ter que fazer desse limão uma limonada e aproveitar ao máximo os três dias de refeições unidos que restaram durante a semana.
Mudar de escola é uma coisa impensável para meninos de dez anos. Mas não são sequer cogitados por meninas de nove. Por isso, decidimos que ainda não é hora de mudar nossa princesa. Ela está com uma turminha bacana há quatro anos e ainda não é chegada a hora. De qualquer forma, deixamos estabelecido que essa situação não é definitiva e que podemos voltar atrás se tudo piorar muito.
Entretanto, a julgar pelos sorrisos e grande entusiasmo demonstrado por ambos quando voltaram da escola, creio que acertamos.
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