quinta-feira, 21 de novembro de 2013
O Careca em crise
Black Crowes High Head Blues
Nunca pensei que diria isso, mas já faz mais de seis meses que não leio uma boa história de detetives, um livro policial ou mesmo um conto de mistério, horror e suspense, na boa tradição iniciada por Edgar A. Poe e refinada por Dashiel Hammett, Raymond Chandler e tantos outros. Um dos motivos para isso é a situação atual do escritório. Um belo dia inventei de colocar toda a minha coleção de livros policiais na parte mais alta da estante que improvisei no escritório. Pareceu uma ótima idéia na ocasião, porque a prateleira improvisada abriu um bom espaço na estante que trouxemos do velho apê. O único problema é que lá, no alto da prateleira, só alcanço de escada. E a escada é pra ficar lá fora, como já disseram Jorge BenJor, o síndico Tim Maia e minha mulher. Sim, não é um problema intransponível, mas você sabe como é, o ser humano tende a fazer o que está ao seu alcance e o resto fica adiado para uma outra hora, que eu não vou lá fora agora nem a pau, juvenal, para buscar uma escada. Mas não vou mesmo. Então, os dias passam, as noites também, e eu acabo deixando para amanhã a releitura de um Ross Mcdonald, um Lawrence Block, um Rex Stout, um Elmore Leonard, ou mesmo uma Patrícia Highsmith que esteja escapando da memória. Estou entrando em crise de abstinência. Estou pior que o Angeli quando entrou em crise. Estou pior do que o Laerte. Não, aí também não. Mas estou mal, amigos da kombi de leitores.
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