segunda-feira, 19 de maio de 2014

O terreno pantanoso dos nefelibatas

É uma coisa meio cíclica. Tenho me sentido sem-graça pra caramba e, ao mesmo tempo, tenho achado tudo um bocado chato. O mundo não mudou de repente, então cheguei à conclusão de que o problema é comigo e por isso resolvi algumas coisas. A principal é ficar o máximo de tempo possível distante de uma tela de vídeo.

Aproveitei a estiagem de vídeo e chuva para remodelar a oficina de carpintaria, reorganizando absolutamente tudo. Agora estou usando o quarto de hóspedes como serraria, o que exigiu a reconstrução de mesas para a serra de esquadria e a nova serra de bancada de 10 polegadas. A antiga oficina agora é área de montagem, ainda um pouco atravancada por três enormes pranchas de eucalipto, que ganhei de um grande amigo, que pretendo transformar numa mesa rústica. Ainda não tenho ideia de como fazer para unir as três pranchas. Talvez tenha que usar pinos ou fazer uns chanfros mais elaborados. Vou ter que pesquisar.

Antes de liberar espaço no quarto de hóspedes, tive que preparar o sótão para receber a imensa quantidade de tranqueira que já havíamos acumulado nos armários. As soluções foram simples, mas tomaram bastante tempo.

Os projetos também são fáceis e pequenos. O princípio básico é começar e terminar no mesmo dia. Parece banal, mas a rotina diária, o mero transporte das crianças, uma pane no meu velho telefone peba e uma série de consultas médicas andaram complicando as coisas. Para aumentar os tropeços, tive algumas despesas extras com a recuperação de aparelhos avariados em função do último apagão. Nada sufocante, mas atrapalhou a contenção de despesas.

A frase título vem de uma brincadeira que eu costumava fazer com Humberto, meu amigo canalha. Trabalhamos juntos durante anos na mesma emissora. Para passar o tempo, todos os dias inventávamos uma frase para ser encaixada durante o resto do período de trabalho, nas pausas para o cigarro e o café. A brincadeira terminou com a frase sugerida pelo Humberto: o terreno pantanoso dos nefelibatas. Nunca consegui encaixar isso em conversa alguma.

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