sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Poema que fiz depois de comer uma empada

Antes que ela mudasse de idéia
sobre tudo,
eu aproveitei a guarda baixa
e penetrei em tua alma
Daqui não saio mais

Atado com esparadrapo ao teu pelo curto
Fico te vendo corcovear
feito um tronco
na correnteza da multidão
dispersa pelo tiroteio
É inútil protestar
Contra o imposto que tu cobras
Para não me tirar o que não tenho

Ai, ai, ai, ai
Que só me resta a dor de um dia
Vinte e quatro horas de alegria
E mil quatrocentos e quarenta risos
De um minuto cada
Nem sei se tenho dentes para tanto
Mas vou tentar

Se tu chegastes até aqui
E achas estranho o meu
Trôpego matraquear
Arruma uma empada
Para ti
E ponha-se no meu lugar

O troco que me pedes
É a esmola para o santo
É o gole de aguardente
É a culpa que não tenho
De não querer o que é querido
Agora vai embora
Que o meu tempo acabou
Antes mesmo de começar

2 comentários:

Maína Junqueira disse...

:-)))))))))

Tinha azeitona na empada?

Tá acabando a insônia e a bateria do computador... vamos ver qual termina primeiro.

Careca disse...

M.J. , pior que tinha.

Frase do dia