quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cartões corporativos

Eu também queria ter um cartão corporativo.
Mas será que eu queria ser ministro faz-de-conta?
Acho que eu seria um péssimo ministro da igualdade.
Também acho que não faria diferença.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Maria Eugênia é um gênio

http://cadernodedesenhos.blogspot.com/

O endereço daí de cima é o caderno de desenhos da Maria Eugênia, uma das melhores ilustradoras do país.
Maria Eugênia tem o dom da poesia do traço, da meiguice da cor, da emoção de texturas aquareláveis.
Gosto muito.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Céu, La promesse du Brésil


"Maria do Céu, 25 anos, intérprete e compositora, tem a música nas veias desde o berço. La promesse du Brésil é sua estréia solo, mas a moça já deu o ar de seu belo timbre em trilhas de comerciais, seriados e longa-metragens, e já é conhecida e aclamada nos esteites e na europa. Talvez daí venha o título em francês do álbum, mas não se engane, o que ele traz é mpb de primeira!"

O pedaço do texto acima é do sítio
http://mercadodepulgas.blogspot.com/search/label/nacional . Foi lá que ouvi falar em Céu pela primeira vez. Achei a lista de músicas em http://www.mp3fiesta.com/la_promesse_du_bresil_album68997/.
Só consegui baixar músicas pelo Limewire.

01 vinheta quebrante
02 lenda
03 malemolencia
04 roda
05 rainha
06 10 contados
07 vinheta Dorival
08 mais um lamento
09 concrete jungle
10 veu da noite
11 valsa pra Biu Roque
12 ave cruz
13 o ronco da cuica
14 bobagem
15 samba na sola

Estou meio que achando muito bom, muito bom mesmo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Mão quebrada

Um acidente transtorna a vida da família.
Minha mãe escorregou antes de entrar no carro e quebrou a mão.
A cirurgia é amanhã.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Dry The Rain

Dry The Rain
This is the definition of my life
Lying in bed in the sunlight
Choking on the vitamin tablet
The doctor gave in the hope of saving me
In the hope of saving me

Walked in the corner of the room
A junk yard fool with eyes of gloom
I asked him time again
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain the rain
The rain the rain the rain now

Dusty brown boots in the corner
By the ironing board
Spray on dust is the greatest thing
Sure is the greatest thing
Since the last since the last

Walked in the corner of the room
A junk yard fool with eyes of gloom
I asked him time again
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain the rain
The rain the rain the rain now

I asked him time again
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
Take me in and dry the rain
The rain the rain the rain now

If there's something inside that you wanna say
Say it out loud it'll be okay
I will be your light
I will be your light
I will be your light
I will be your light

If there's something inside that you wanna say
Say it out loud it'll be okay
I will be your light
I will be your light
I will be your light
I will be your light

I Need Love, yeah
I Need Love

If there's something inside that you wanna say
Say it out loud it'll be okay
I will be your light
I will be your light
I will be your light
I will be your light

If there's something inside that you wanna say
Say it out loud it'll be okay
I will be your light
I will be your light
I will be your light
I will be your light

I Need Love
I Need Love


Enxugando gelo com uma toalha de feltro

(É verdade. Para entender isso direito, primeiro é necessário ter lido Alta Fidelidade, de Nick Hornby, e escutado a famosa “Dry the rain”, na interpretação de The Beta Band, presente no CD soundtrack do filme. )

sábado, 26 de janeiro de 2008

Turtles all the way down

“Turtles all the way down” refers to a infinite regression belief about the nature of the universe.

The most widely known version today appears in Stephen Hawking’s 1988 book A Brief History of Time, which begins with an anecdote about an encounter between a scientist and an old lady:

“A well-known scientist (some say it was Bertrand Russell) once gave a public lecture on astronomy. He described how the Earth orbits around the sun and how the sun, in turn, orbits around the centre of a vast collection of stars called our galaxy.
“At the end of the lecture, a little old lady at the back of the room got up and said: “What you have told us is rubbish. The world is really a flat plate supported on the back of a giant tortoise.”
“The scientist gave a superior smile before replying, “What is the tortoise standing on?”
“You’re very clever, young man, very clever,” said the old lady. “But it’s turtles all the way down.”

Tartarugas até lá embaixo

Outra expressão semântica muito legal, mas sem paralelo em português.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Yak Shaving

Yak Shaving
[MIT AI Lab, after 2000: orig. probably from a Ren & Stimpy episode.] Any seemingly pointless activity which is actually necessary to solve a problem which solves a problem which, several levels of recursion later, solves the real problem you're working on.

http://joi.ito.com/archives/2005/03/05/yak_shaving.html:

In the section Life Hacks: Overclocking your Productivity, there was fun little article called Yak Shaving by Danny O'Brien and Merlin Mann. "Yak shaving is the technical term for when you find yourself eight levels deep - and possibly in an recursive loop - in a stack of jobs." The example they give is:

You start out deciding to tidy your room and you realize that in order to do that you'll need some more trash bags, so you need to go to the shops, which will involve you getting out the car, but the car needs gas, so you'll need to go to the gas station first, which means you should probably find your gas discount card, which involves finding your keys, which are in the room somewhere...

They talk about many hackers spending a lot of their time "lost in life's subroutines" and that "some of us like solving puzzles a bit more than we like solved puzzles." They suggest that super-efficient hackers "learn when to say no to the temptation of endless fiddling." Veeeery interesting. So this is what I've been doing all my life. Shaving Yaks.



Tosar o Iaque
Umas das mais curiosas expressões que aprendi nos blogs da vida é “Yak Shaving”. A correspondente em português seria “Tosar o Iaque”. Reproduzi acima a melhor definição que encontrei na Internet. Também copiei trecho do arquivo onde vi estampada pela primeira vez a tal expressão. Não vou me dar ao trabalho de traduzir.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

THE NEW YORKER'S EUSTACE TILLEY CONTEST, 2008


THE NEW YORKER'S EUSTACE TILLEY CONTEST, 2008
The contest is now closed. No new entries will be accepted. Winners will be posted on newyorker.com on Monday, February 4.

Como ontem fiquei fora do ar, não consegui enviar os cinco desenhos que fiz para a contenda. Acima, veja o esboço de um deles.
Ano que vem tem mais. Eu acho.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Arrrepiando os cabelos

É, não teve jeito.
Estou doente desde aquelas terríveis 18 horas em aeroportos.
E hoje sucumbi.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Faça você mesmo a sua tecno-pop

Estou enrolando os posts, eu sei.
Mas hoje tive que resolver trocentos problemas no mundo real.
E mundo real não combina com mundo virtual.
Por isso, divirta-se com o link abaixo.
http://lab.andre-michelle.com/fl-909

FL909 attempts to simulate the original sound of the Roland TR-909. This drumcomputer hits the market 1984 and was a long time the state of art in house and techno productions. Shift-Click the Step-buttons for accent triggers. Shift-Click-Move knobs for smoother resolution. Press Save to store a snapshot of the current settings to a flash cookie. Restore snapshot by pressing Load. Clear to delete all patterns and reset all knobs. Drag and drop a pattern button (invisible) to copy a pattern to a new location.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Many faces of Eustace Tilley

The Eustace Tilley Contest deadline is January 24!

Eustace Tilley was drawn by Rea Irvin, the magazine’s first art editor, for the cover of the first issue of The New Yorker, in 1925, and has returned for nearly every anniversary issue since. (Louis Menand gives a detailed history of Tilley.) Since 1994, the magazine has invited contributing artists to reinterpret this iconic dandy. A selection of these visual riffs appears here, along with an invitation to enter the Eustace Tilley Contest; rules appear below. Our favorite submissions will be featured on newyorker.com along with this year’s anniversary issue.

Bão, resolvi entrar na contenda da The New Yorker e estou a finalizar cinco desenhos do Eustace Tilley. Amanhã deverei postar.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Minha pipa está no ar

Passei a tarde soltando pipas com as crianças.
Foi muito bom.
Acho que já faziam 20 anos que eu não soltava pipa.
Usei um carretel de 150 metros.
E faltou linha.

sábado, 19 de janeiro de 2008

De volta ao planeta dos macacos

Olá, estou de volta depois de dez dias na praia com a Patroa e as crianças.
Valeu a pena.
Mas ontem, gastei 14 horas em aeroportos e hoje estou só a capa do Batman.
Não posso deixar de contar para vocês, meu Fiat 147 de leitores, a história da mulher-voz de aeroporto na fila de vacinação contra a febre amarela.
Mas só amanhã.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Dor de dente - a missão

Cacilda!Catatuia!
Passei duas horas e meia na cadeira do dentista.
Tenho mais canais que Recife e Veneza.
Sofro intensamente. Chego a sentir que é dor, a dor que ainda não sinto, mas que amanhã, camarada, será uma realidade.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Maria vai com as outras

Uma das minhas menores preocupações é com a possibilidade de ser original. Procurando bem, todo mundo tem uma fonte que está esquecendo de citar. E se você for colocar aspas em tudo o que não é seu, não terá espaço para fazer nada.

Maria vai com as outras

Uma das minhas menores preocupações é com a possibilidade de ser original. Procurando bem, todo mundo tem uma fonte que está esquecendo de citar. E se você for colocar aspas em tudo o que não é seu, não terá espaço para fazer nada.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Poema que fiz depois de comer uma empada

Antes que ela mudasse de idéia
sobre tudo,
eu aproveitei a guarda baixa
e penetrei em tua alma
Daqui não saio mais

Atado com esparadrapo ao teu pelo curto
Fico te vendo corcovear
feito um tronco
na correnteza da multidão
dispersa pelo tiroteio
É inútil protestar
Contra o imposto que tu cobras
Para não me tirar o que não tenho

Ai, ai, ai, ai
Que só me resta a dor de um dia
Vinte e quatro horas de alegria
E mil quatrocentos e quarenta risos
De um minuto cada
Nem sei se tenho dentes para tanto
Mas vou tentar

Se tu chegastes até aqui
E achas estranho o meu
Trôpego matraquear
Arruma uma empada
Para ti
E ponha-se no meu lugar

O troco que me pedes
É a esmola para o santo
É o gole de aguardente
É a culpa que não tenho
De não querer o que é querido
Agora vai embora
Que o meu tempo acabou
Antes mesmo de começar

A grande idéia que tive depois de fumar

A grande idéia que tive depois de fumar Marlboro
_Eu amo o seu trabalho. Você pinta como um santo. Suas naturezas mortas são tão evocativas, cheias de emoção, como um pedaço de uma linda música. E os retratos que você pinta têm mais histórias do que a maioria dos filmes.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Bandidas

_Poucas vezes nós fazemos a pergunta realmente importante, a que merece uma resposta esclarecedora. Mas a verdade também é que muitas vezes recebemos as melhores respostas do mundo para as perguntas que não foram feitas ainda. Então, continuamos perdidos.

Conversar com o Velho Tom às vezes era complicado. Ele era metido a filósofo. E gostava de dizer que usava o “método dialético/quântico de investigação da realidade”. Eu nunca fiz a menor menção de querer saber o que isso significava, o que me poupou de um monte de asneiras. Mas ele sabia ser divertido quando queria.

_Aposto como faço aquele sujeito me pagar uma cerveja, ele dizia.

E num instante já estava sentado e conversando com um cara que ninguém nunca tinha visto antes. E no final, o sujeito lhe pagava não somente uma, mas várias cervejas. Até o dia em que acabava indo se juntar a nós, de pé, ao lado do balcão, ao perceber que era o único jeito de não acabar pagando cerveja para o Velho Tom ou outra pessoa qualquer. Nós éramos assim. A turma do chopp. Grana contada para dois, no máximo três chopps, e um quibe, ou um kafta, ou uma coxinha. Depois, zarpar de volta para casa, a passo, fazendo xixi nas árvores.

As mesas do bar eram apenas para ocasiões festivas ou para quando uma garota precisava ser impressionada. Em geral, o balcão era somente para nós, os habitués sem grana, os descolados calejados e sem dinheiro, os caras que só de vez em quando conseguiam uma garota bonita, uma namorada esperta. E não era uma questão de simpatia. Sabíamos ser simpáticos. Era uma questão de visão de futuro próximo. Não podíamos esperar uma semana, ou um mês. Tínhamos 18 anos. Tudo era para agora. E algumas meninas, só de olhar dava para perceber que nunca topariam rachar um motel entrando a pé. Não, senhor. Não esta noite. E outras, meu amigo, não deixariam o motel escapar nem se tivessem que pagar sozinhas. E essas você deixava de lado, só por enquanto, para uma situação de emergência. Você sabe, um olhar maroto, sem significar sim, mas também sem significar um não. E havia aquelas maravilhosas que também olhavam e desafiavam o seu olhar, o seu bolso e a sua libido. As Bandidas se sentavam sozinhas, desafiadoras. Ou então se juntavam em grupos de três, quatro. Eram as melhores. E valia a pena tentar alguma coisa hoje, agora.

Nós, do balcão, conhecíamos diversas Bandidas e trocávamos informações. No topo do ranking havia a Aninha, a Vera, a Sandra, a Lenora e a Ivete. Malu, Babete e Tina, Joana, Fofão e Bia. Por último, mas ainda assim uma gata, estava a Lusa. Sempre chegava por último. O Velho Tom já havia estado com todas. E por isso, era respeitado como o maior conquistador do pedaço. As Bandidas eram sensacionais. E é lógico que também trocavam informações sobre todos nós.

E nessa noite em que tudo aconteceu, estávamos todos lá, a Turma do Chopp. E o time das Bandidas também. Menos a Lusa, que nessa noite não apareceu. Ou talvez tenha aparecido depois que eu já tinha saído, com a Lenora. Não importa. (Continua)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A felicidade não se compra

Como sempre acontece, não demorou muito para que ela visse a felicidade e a transformasse, o mais rapidamente possível, em tristeza e culpa. Algum dia ainda vou escrever a história do sujeito que tem um mulher que não suporta que ele seja feliz. Ou que se divirta. A esposa é uma pessoa aparentemente normal, mas que não consegue ver uma pessoa rindo sem que passe a maltratá-la. Ah, sim. Esse é o tema principal do livro das mesquinharias. Pessoas que não suportam ver outras felizes. A inveja é mesmo o pior dos pecados? Não sei, talvez. Entretanto, quando o sujeito está triste, ela se alegra como um pássaro e se torna viva e falante. Mas não com ele, é lógico, somente com outras pessoas. Vejamos como seria o início da história...

Eu estou procurando um objeto qualquer. Talvez uma agenda. Isso. Estou procurando uma agenda, por causa de um telefone que existe anotado ali. É um número especial, que não consta do catálogo. É o número do meu advogado.

Frase do dia