quinta-feira, 26 de julho de 2012

Semana que vem as crianças voltam às aulas



Iva Lamkum - Raise Your Glass

Terminei o aparador gigante. Para reforçar a estrutura, usei quatro pedaços de barra roscada de 10 milímetros. Para enfiar cada pedaço em seu respectivo pilar, foi preciso furar e martelar. Depois ainda foi necessário usar a segueta para cortar a parte amassada da barra roscada. Funcionou. Mas não ficou bonito. Na verdade, o resultado ficou meio tosco, como se eu tivesse gastado apenas dez minutos para fazer tudo. Talvez ainda tente um remendo, não sei, talvez seja melhor deixar de lado por algum tempo para depois reavaliar com a cabeça fria.

Hoje não teve jeito, foi preciso trocar a bateria do carro. Quando voltei da oficina, minha filha me esperava com o seu pacote de férias. Sim, eu também estranhei. Trata-se de uma lista de coisas interessantes para se fazer nas férias e depois contar em sala de aula. Nós fizemos quase tudo: fomos ao cinema, reencontramos os amigos e também fizemos novas amizades, descobrimos coisas novas, visitamos o zoológico e guardamos lembranças de um monte de dias bacanas.

Estamos muito bem, é verdade, o pacote está quase completo. Mas ainda precisamos "assistir peças infantis" e "fazer um piquenique no parque da cidade".

_Paiê, nós temos que ir ao teatro! - disse a minha filha.

_Não, senhora, não temos - eu disse, bem sovina.

_Mas é uma tarefa pra escola, paiê.

_Nada disso. Aí diz que você precisa assistir a uma peça infantil, não é?

_É, ué.

_Pois então. Eu mesmo posso apresentar uma peça infantil pra você.

_Ah, paiê, se liga, você não é ator.

_Não sou ator? Não sou ator? Eu já fiz um monte de peças de teatro no meu tempo de escola.

_Deixa de inventar, paiê. Que peça você fez?

_Fiz um monte. Fiz o papel de zangão na peça A abelhinha feliz, conhece?... Pois então, é um clássico, essa peça. Também fiz o papel de macacão em "O burrinho tró-ló-ló.

_Ah, paiê, fala sério.

_Tudo bem, tudo bem. Mas a gente não precisa ir ao teatro, a gente pode brincar de fazer uma peça aqui mesmo, no quintal. Aliás, a gente poderia representar a peça "Piquenique no parque da cidade", assim já resolveríamos duas pendências de uma vez só, que tal?

_Não, paiê, claro que não.

Bom, de amanhã não escapo.

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